26 de setembro de 2009

Projetor para Home Theater

Até há pouco tempo, o principal projetor de vídeo para Home Theater era o de CRT (Cathode Ray Tube), pela qualidade da sua imagem, era extremamente complexa para a regulagem, por causa dos três tubos, e bem pesado (por volta de 40Kg). Devido ao alto custo, poucos tinham o privilégio em ter um Home Theater com tela grande. Hoje com a tecnologia digital, boa qualidade de imagem, preços acessíveis, tamanhos reduzidos e variedade de opções, os interessados em ter Home Theater com projetor, vem aumentando a cada dia.
A grande preocupação dos projetores para Home Theater, está em apresentar imagens de alta qualidade, tentando aproximar ao máximo de um cinema.

Tecnologias

Afirmar qual é a melhor tecnologia para um projetor para Home Theater, é uma tarefa praticamente impossível, pois cada uma tem as suas vantagens e desvantagens. Quando se fala em Full HD, pior ainda, pois a evolução está tão rápida, que surgem novidades a todo o instante. O que é uma desvantagem agora, logo deixa de ser. Existe uma guerra de tecnologias, que para o consumidor está sendo ótimo. Os produtos estão ficando cada vez melhor e os preços reduzindo. Quando lançaram os primeiros projetores LCoS Full HD, custavam por volta de US$ 20,000.00, hoje com a tecnologia LCD, encontra-se por até menos de US$ 2,000.00. Por isso, a tecnologia LCD, está arrastando o preço de outras tecnologias para baixo. Os projetores high-end continuam razoavelmente caros.


De qualquer forma, vamos falar de alguns pontos fracos e fortes das três tecnologias. Veja detalhe de funcionamento em projetor de imagens.

DLP: Esta tecnologia, com um só DMD chip, tem  a dimensão e o peso reduzido, por não ter espelhos, prisma, etc., mas em compensação, por causa do uso de disco de cores, acaba gerando o efeito arco-íris, que algumas pessoas conseguem perceber (hoje já bem reduzido). Por ter recurso fraco em Zoom e Lens-shift, reduz a flexibilidade do local de instalação, inclusive necessitando de um ambiente um pouco maior. Por ser tudo selado, afirmam que é imune a pó, e por isso não há necessidade em ter filtro, apesar de que alguns fabricantes estão colocando filtros. Por utilizar microespelhos, e não um LCD orgânico, não há uma degradação da imagem, com o tempo de uso; mas, por causa da luz intermediária ser gerada por variação mais rápida do microespelho, acaba gerando instabilidade em campos sólidos, em áreas escuras, como se fosse um ruído digital (Dithering). Os que utilizam três DMD chip, são bem superiores e não tem o efeito arco-íris, mas o seu preço é bem salgado.

LCD: Para o seu preço, podemos considerar que são de alto desempenho. As desvantagens como, baixo contraste e o efeito tela de mosquito (screen door effect), praticamente não existem nos Full HD, que utilizam o painel LCD inorgânico. A Epson está disponibilizando no mercado japonês, nos finais de novembro, o EH-TW4500, com taxa de contraste de 200.000:1. A degradação da imagem, com o tempo, existente no LCD orgânico, não é afirmada em LCD inorgânico (a sua vida útil é desconhecida). Por ter um bom Zoom e Lens-shift, tem uma grande flexibilidade do local de instalação.

LCoS: Por utilizar a mistura das duas tecnologias, não há grandes desvantagens, mas devido a sua maior complexidade do painel, está sofrendo para reduzir o custo e acompanhar o de LCD.

Como sempre, o melhor mesmo é pedir uma demonstração, e optar por aquele que agrada mais, e que esteja dentro do seu orçamento.

Especificações e Características

Resolução e Aspecto: A relação de aspecto é sempre de 16:9, e a resolução nativa mais comum hoje é de 720p (1280x720) e de 1080p (1920x1080).

Tamanho da Projeção (Projection Size): Apresenta a faixa de tamanhos (mínima e máxima) da imagem em que o projetor consegue apresentar, sem afetar a qualidade. É dada em polegadas, medida diagonalmente como nos televisores. Na figura, uma tabela de conversão do tamanho em polegadas para milímetros.

Luminosidade (Brightness): A princípio quanto maior seria melhor, mas como é utilizado em ambiente mais escuro, não há necessidade em preocupar com este item. Hoje está ficando comum, ter acima de 1.000 ANSI lumens, mas como alguns fabricantes não seguem a padronização da medição como em ANSI (American National Standards Institute) lumens, fica difícil fazer uma comparação. Unidade lm (lumen).

Contrast (Contrast Ratio): Como é a medição da gradação de cores existentes entre o branco e o preto, quanto maior a sua taxa, seria melhor. Como também não existe um padrão para a medição, como em ANSI Contrast, fica muito difícil fazer uma comparação. Hoje utiliza-se muito o autoíris ou íris dinâmico (Dynamic Iris), recurso onde abre ou fecha a diafragma da lente, aumentando ou reduzindo a passagem da luz, em determinadas imagens, conseguindo com isto, aumentar a taxa de contrate.

Lente de Projeção (Projection Lens): Apresenta a sua claridade e a taxa de Zoom (quanto maior, maior a imagem em menor distância). Com Zoom, consegue-se uma imagem de 100 polegadas numa distância em torno de 3m.

Lens Shift: É a capacidade de movimentação possível, tanto na horizontal como na vertical, da lente de projeção, facilitando o posicionamento da imagem dentro da tela. Esta movimentação acaba produzindo uma imagem trapezoidal, conhecido como Keystone, e portanto o projetor necessita ter a capacidade para a correção deste Keystone (nem todos tem). O ideal é posicionar o projetor, para que não haja a necessidade em utilizar este recurso, ou seja, que a lente esteja posicionada exatamente em frente (perpendicularmente) ao centro da tela. Na figura temos um exemplo de shift vertical de 90% e horizontal de 40%.

Ruído do Ventilador (Fan Noise): É dado em dB (decibel), e indica o nível de ruído gerado pelo ventilador que refrigera a lâmpada. Quanto menor é melhor, pois muito alto, pode incomodar para ouvir um diálogo baixo. Quando reduz a potência da lâmpada, normalmente reduz a velocidade do ventilador, e portanto o ruído.

Lâmpada (Lamp): Apresenta a potência, o modelo e a sua vida útil. A maioria dos projetores utilizam a lâmpada a vapor de mercúrio (mercury vapor lamp) de alta pressão (UHP - Ultra High Pressure), que necessita de ventilação para não sobreaquecer. Mantenha sempre o filtro limpo para não reduzir o fluxo de ar. Não obstrua  a entrada e a saída do ar.

Como a luz desta lâmpada possui verde mais forte e vermelho mais fraco, há necessidade da correção, por isso alguns projetores mais sofisticados utilizam a lâmpada de xenônio (xenon lamp) de alta pressão, a mesma utilizada nos projetores de cinema, porque possui a luz com cores primárias mais uniformes (mais semelhante com a luz do dia).

Apesar de ser bastante relativo, a vida útil da lâmpada é em média de 2.000 horas, quando utilizada com toda a sua potência (full power, bright mode). Quando utilizada em potência reduzida (low power, eco mode), que reduz em torno de 20% a sua potência, pode aumentar a vida útil em até 50%, ou seja, para 3.000 horas. Após desligar o projetor, nunca desligue a chave ou retire da tomada, até que o sistema de refrigeração da lâmpada desligue (cool down). Se desligar antes, reduzirá drasticamente a sua vida útil.

Apesar de ser rara, mas existe uma pequena possibilidade em explodir e danificar o projetor, por isso é feita a contagem da hora de uso, e quando atingir, mesmo estando normal, é alertado para a troca.
Por conter mercúrio e outros produtos, não jogue a lâmpada no lixo comum.

Conexões: Quanto mais é melhor. Que tenha pelo menos HDMI (de preferência a versão 1.3 ou maior) e o vídeo componente.  Além dos tradicionais vídeo composto, S-video e RGB.

Recursos adicionais: Hoje cada vez mais é exigido que tenha x.v.Color, DeepColor, pull-down para poder compatibilizar com 24 quadros por segundo dos filmes, etc. (tecnologias já abordadas).

Veja as novidades de projetores nas resoluções de 4K2K (8.85Mpixels) e 8K4K (35Mpixels).

Atualizações

19/nov/2010: A Victor-JVC anuncia o início de comercialização no Japão, do seu projetor top de linha, da série Procision, DLA-X9, para meado de dezembro. É um projetor 3D da tecnologia D-ILA, Full HD, com contraste nativo de 100.000:1, 1.300 lumens, com certificação THX 3D. Vem com HDMI na versão 1.4a. Aceita imagens 3D nos formatos Frame Packing, Side by side e Top and Bottom, a projeção é em Frame Sequential. Utiliza lâmpada a vapor de mercúrio de alta pressão de 220W. Tem Lens Shift de 80% na vertical e de 34% na horizontal. A expectativa de preço está em torno de ¥1.050.00 (US$12,300.00), sem o kit 3D. O emissor de sincronismo infravermelho, PK-EM1 deverá custar ¥9.450 (US$ 110.00) e cada óculos 3D, PK-AG1 deverá custar ¥17.850 (US$ 210.00). A expectativa de preço nos EUA é de US$ 10,000.00 incluindo kit 3D com 2 óculos. Veja mais detalhes do produto, no site da JVC.

03/set/2011: A Epson está apresentando na IFA 2011 que está acontecendo na Alemanha, 5 novos modelos de projetores com tecnologia LCD, onde 2 deles com capacidade de WirelessHD (veja em Transferência de imagem e som HD). Os modelos com WirelessHD são EH-TW9000W e EH-TW6000W que são Full HD em 3D com 3LCD. O modelo EH-TW9000W que vem com 2 óculos 3D, tem contraste de 200.000:1, luminosidade de 2.400 lumens, lente com zoom de 2.1 e boa capacidade de Lens Shift, faz conversão de imagens 2D para 3D. O início da comercialização deverá ser após o mês de outubro, mas ainda dentro deste ano, com expectativa de preço em torno de US$ 3,600.00. O modelo EH-TW6000W deverá custar em torno de US$ 2,200.00.  

Veja como assistir a um filme numa tela CinemaScope em Tela de Projeção.

Veja também:
Projetor de Imagens
Imagem de alta definição
Formato de tela

23 de setembro de 2009

Projetor de Imagens

Há um tempo atrás, quando se falava em projetor de imagens, o que vinha na cabeça era o projetor de filmes (8mm, super 8mm, 16mm, etc.), ou então o projetor de slides (fotos em filme positivo com moldura). Projetor de transparências para apresentação em geral, e veio o projetor de vídeo de CRT (Cathode Ray Tube-Tubo de raios catódicos). Mas a grande evolução em projetor de imagens, começou com a tecnologia digital (como tudo...), surgindo o projetor de vídeo digital. Os projetores atuais processam tanto os sinais de vídeos analógicos como os digitais. Hoje com a redução de preço e de tamanho, está ficando cada vez mais popular. Já existe câmera digital da Nikon com projetor integrado, e em breve teremos também no aparelho para telefone celular (que até dá para usar como telefone!).

Classificação de Projetores

A grosso modo podemos classificar os projetores em aplicação Multimídia e Home Theater.

Projetores de Multimídia (Multimedia Projector): A grande variedade de tamanho e modelo encontramos aqui, pois depende muito do seu uso como, educacional, negócio, conferência, entretenimento, sala de aula, etc. Em termo de tamanho e aplicação, cada fabricante dá o seu nome e temos como, picoprojetor, nanoprojetor microprojetor, miniprojetor, projetor de bolso, projetor portátil, projetor para sala de conferência, projetor para apresentação (Presentation projector), projetor de dados (Data projector), etc.

Em geral a resolução e a relação de aspecto da tela segue o de monitor de vídeo do computador, como QVGA (320x240), VGA (640x480), SVGA (800x600), XGA (1024x768), WXGA (1352x768, 1280x800,...), WSXGA (1680x1050), WUXGA (1920x1200), etc.

Os de uso em treinamento ou apresentações, necessitam de uma luminosidade maior por serem utilizados em ambientes mais claros (necessidade de anotações), preocupando menos na qualidade da imagem, pois são geralmente dados, gráficos e fotos.

Projetores para Home Theater: São projetores destinados a serem utilizados em ambientes mais escuros, para assistir a filmes e shows em DVD ou Blu-ray Disc. Por isso a sua resolução e a relação de aspecto da tela, em geral, é 4:3 (640x480) ou 16:9 (1280x720, 1920x1080), e a grande preocupação está na qualidade da imagem e menos na luminosidade (utilizado em ambiente escuro). Veja projetor para Home Theater.
Não significa que um tipo de projetor não possa ser utilizado para uma outra finalidade. Obviamente poderá existir algumas limitações.

Retroprojetores: Todos os projetores acima, em geral, são denominados de frontais (Front projector), porque projeta a imagem na tela frontalmente (apesar de que muitos projetores tem capacidade de inverter a imagem e projetar por trás, numa tela especial). Existem televisores, de telas maiores, que utilizam um projetor interno, refletindo a imagem e projetando na parte traseira da tela, por isso é conhecido como TV de retroprojeção (Rear-projection TV-RPTV). Estes televisores com telas grandes, concorrem com os de plasma, por causa do seu preço mais acessível. Veja mais sobre TV de retroprojeção e Laser TV em HDTV.

Tecnologia de Projetores

DLP (Digital Light Processing): Esta tecnologia de processamento de luz digital (tecnologia refletiva), foi desenvolvida pela Texas Instruments. A luz da lâmpada do projetor é direcionada para a superfície do DMD chip (Digital Micromirror Device), um sofisticado dispositivo que possui milhares ou milhões (dependendo da resolução) de microespelhos. Cada microespelho pode inclinar, direcionando a luz para a lente de projeção, ou então desviando-a, significando um ponto de luz ativo ou inativo na tela (um pixel).

Para se formar a cor, necessita-se de 3 DMDs, ou seja, um para cada cor primária (vermelha, verde e azul-R,G,B).  Por ser um dispositivo de custo elevado, a maioria dos projetores utilizam um só DMD chip (single chip), por isso é utilizado um disco de cores que contém pelo menos as três cores primárias para filtrar a luz. Alguns possuem branca (aumenta a luminosidade), cian, magenta e amarela.

A primeira geração, utilizava um disco com as três cores primárias, girando a uma velocidade de 60 rotações por segundo, ou 3600rpm, conhecido como 1x. Depois foi dobrada a velocidade (7200rpm), ou seja, cada cor primária passava 120 vezes por segundo, conhecido como 2x, reduzindo o artefato visual conhecido como efeito arco-íris, que algumas pessoas conseguem perceber. Aumentando mais a velocidade e duplicando as cores primárias, conseguiu-se 4x, 5x, 6x, etc, obtendo assim a qualidade de imagem necessária para um projetor de Home Theater de alta definição.

LCD (Liquid Crystal Display): É a tecnologia transmissiva. A passagem da luz é controlada através de alinhamento de cristais líquidos num painel de LCD, que são milhares ou milhões, representando cada um, um pixel. No caso dos projetores LCD sempre são utilizados três painéis (3LCD), ou seja, um para cada cor primária, não necessitando de disco de cores como no DLP. Espelhos dicroicos (Dichroic Mirror) são utilizados para filtrar a luz e separar a cor primária, e direcionar o feixe de luz (se necessário, com o auxílio de espelhos) para cada painel de LCD. Após o painel, passa por um prisma que direciona à lente de projeção.

A maioria dos projetores desta tecnologia utiliza um LCD orgânico que tem como estado de repouso, condição de aberto, ou seja passando a luz. Para fechar é necessário aplicar uma tensão elétrica (voltagem). Nos projetores de Full HD (1920x1080), é utilizado o painel desenvolvido pela Epson, conhecido como D7 C²FINE (Crystal Clear Fine), que utiliza um LCD inorgânico, que tem como estado de repouso, condição de fechado, ou seja, sem passagem de luz. Conseguindo com isto, aliado a íris dinâmico, um ótimo contraste, o que era um dos pontos fracos desta tecnologia.

LCoS (Liquid Crystal on Silicon): Cristal líquido sobre silício. Podemos até dizer que é uma combinação das duas tecnologias anteriores. É uma tecnologia refletiva, utilizando cristal líquido sobre a pastilha de silício com uma película altamente refletiva. A luz, já separada em primárias (R,G,B) através de espelhos dicroicos, em alguns projetores, passa por um divisor de feixe polarizado (PBS-Polarizing Beam Splitter), para deixar mais apurado o feixe de luz, e direcionado para o painel LCoS. O cristal líquido irá controlar a quantidade da luz que passará e que irá refletir numa película refletiva. A luz refletida é direcionada para um prisma que direciona à lente de projeção.

A tecnologia LCoS consegue fazer com que a distância entre os pixels (pixel pitch) seja tão pequena que praticamente não perceba o efeito tela de mosquito (screen door effect), como no LCD. Por isso consegue produzir uma imagem suave e de alta qualidade.

Da tecnologia LCoS, existem o D-ILA (Direct Drive Image Light Amplifier) da JVC (Japan Victor Company) e SXRD (Silicon X-tal Reflective Display) da Sony.
Desta tecnologia é que já estão disponibilizando no mercado, os projetores 4K2K, tanto SXRD pela Sony (resolução de 4096x2160) como D-ILA pela JVC (resolução de 4096x2400). A JVC realizou ainda, uma demonstração em conjunto com a TV estatal japonesa, a NHK (Nippon Hoso Kyokai), imagens com resolução de 7680x3420, utilizando um projetor D-ILA 8K4K (8192x4320), prevista para a transmissão de TV denominada de Super Hi-Vision (UHDTV). Esperando iniciar a transmissão experimental a partir de 2015 e a oficial a partir de 2025. A NHK pretende ainda iniciar a transmissão, via satélite (BS), a partir de agosto de 2011, a TV com a resolução de 4K2K (3840x2160). Logo após o encerramento da transmissão analógica no Japão (24.07.2011). Veja mais detalhes em UHDTV, 8K4K ou SHV.

Com tanta variedade de projetores disponíveis no mercado, com certeza deve ter um que foi feito para você. Se não tem, logo deverá surgir.

Atualizações

9/nov/2009: A Seiko-Epson está disponibilizando no mercado o painel HTPS (High Temperature Poly Silicon) TFT LCD de 4K2K (4096x2160), utilizando a tecnologia C²Fine. É um painel para ser utilizado em projetores 3LCD para 4K2K.

31/ago/2010: A Seiko-Epson anuncia o desenvolvimento e início de produção do novo painel Reflective HTPS de cristal líquido TFT, para projetores 3LCD de alta definição. Baseado na tecnologia de HTPS, alterando a parte transparente para reflexiva, este novo painel consegue gerar imagens mais naturais com contraste de 100.000:1 ou mais. O tamanho do painel é de 0.74" com resolução de 1.920 x 1.080 (1.080p). Mais detalhes veja no News da Seiko Epson.

Veja também:
Projetor para Home Theater
Tela de Projeção
Tecnologias de display HD
Imagem de alta definição

17 de setembro de 2009

Caixa Acústica

Vamos conhecer um pouco de CAIXA ACÚSTICA (Speaker System), que é um componente muito importante num Home Theater, pois é o que vai nos fornecer o resultado sonoro ao nosso ouvido. É bastante decisiva na qualidade do Home Theater.

Tipo de Alto-falantes

- Woofer: para reproduzir sons graves, situados nas frequências em torno de 20Hz a 3KHz (os utilizados no Subwoofer, normalmente não passam de 150Hz).
- Mid-Range: também conhecido como Squawker, reproduz sons médios, situados em torno de 300Hz a 5KHz.
- Tweeter: reproduz sons agudos situados em torno de 2KHz a 20KHz.
- Full-Range: Apesar de reproduzir uma boa faixa de som, desde grave até agudo, não tem uma boa fidelidade. Normalmente utilizados em televisores ou em sistemas de som mais simples.

Tipo de Caixas Acústicas

Torre (Floorstanding/Tower): Caixas de grande porte, para ser colocada diretamente no piso. É destinada para ambientes grandes (acima de 20m²). Normalmente reproduzem toda, ou quase toda a faixa de frequência. Podendo eliminar o uso de um Subwoofer.

Bookshelf:  São caixas mais compactas (pequeno e médio porte), que podem ser colocadas em pedestais ou prateleiras. Recomendada para ambientes médios de até 25m². É a preferida pela maioria. Respondem a uma boa faixa de frequência.

Satélite (Satellite): São caixas de pequenas dimensões (algumas cabem na palma da mão), destinadas a pequeno espaço. Normalmente acompanham um Home Theater integrado. As de boa qualidade em conjunto com um bom Subwoofer, poderá dar um resultado surpreendente para o seu porte.

In-Wall/In-Ceiling: São caixas para serem embutidas em parede ou em teto. Fica uma instalação mais discreta, sem interferir na decoração do ambiente.

Subwoofer: São caixas destinadas a reproduzir o canal LFE (Low Frequency Effects), que é composto de sons graves (frequências abaixo de 150Hz). Normalmente são Ativos (Active/Powered), com amplificador integrado; é conectada na saída subwoofer (tipo RCA) do pré-amplificador (pre-out) de um AV Receiver. Existem também os Passivos (Passive), sem amplificador; neste caso é preciso um amplificador para conectar no AV Receiver, ou então conectar junto com as caixas frontais, mas tome cuidado, não é simples.

Bipolar/Dipolar: São caixas usadas eventualmente para surround. Os sons saem de dois lados da caixa. Normalmente são instaladas nas laterais do ouvinte, ou então na traseira. Gerando sons difusos, aumentando a sensação envolvente. No Bipolar, os sons saem em fase, e no Dipolar fora de fase.

Especificações Técnicas

Resposta de Frequência (Frequency Response): É a especificação mais importante, pois ela diz a faixa de frequência que a caixa consegue reproduzir. Lembrando que o ouvido humano consegue sentir as frequências situadas entre 20Hz a 20KHz (Hz = Hertz ou ciclos por segundo).

Sensibilidade (Sensitivity): Outra especificação importante. Refere-se a eficiência da caixa, pois diz o quanto de volume (pressão sonora) consegue dar a 1m de distância, quando é alimentada por um sinal de 1Watt. É medido em dB (decibel). Quanto maior significa que consegue dar maior volume, exigindo menos do amplificador.

Potência (Power): Geralmente são dadas em faixas (mínima e máxima) que ela suporta, ou então somente a máxima. Deve ser compatível com a potência do seu amplificador. Sua unidade é W (Watt).

Vias (Way): Normalmente são de 1 a 3 vias. Cada via é para reproduzir uma faixa de frequência, e pode ter mais de um alto-falante numa mesma via. A faixa limite de frequência (frequência de corte) é dada em Crossover. Por exemplo: uma caixa torre com resposta de frequência de 30Hz a 22KHz, de 3 vias e 5 alto-falantes (3 woofers, 1 mid-range e 1 tweeter), com crossover em 200Hz e 3KHz; significa que a primeira via reproduz a faixa de 30Hz a 200Hz,a segunda de 200Hz a 3KHz e a terceira de 3KHz a 22KHz.

Impedância (Impedance): É a carga resistiva equivalente que a caixa apresenta. As mais comuns são de 4 Ohms a 8 Ohms. Também deve estar dentro da especificação do seu amplificador, e quanto mais baixa a impedância, maior será a potência gerada pelo amplificador. A sua unidade é a letra grega ômega (Ω).

Bass Reflex/Suspensão Acústica: São tecnologias de montagem das caixas. No caso do Bass Reflex, a pressão sonora dos graves do interior da caixa é conduzida para fora através de um duto, de modo que saia em fase com o do exterior, melhorando a resposta em baixas frequências. Normalmente são caixas grandes (torre, bookshelf maiores). Na suspensão acústica (acoustic suspension), é usado alto-falante de alta compliância (grande flexibilidade) e por isso necessita ser hermética, conseguindo melhora nas baixas frequências em caixas de dimensões menores.

Disposição das Caixas

Não existe uma regra muito firme para o posicionamento das caixas, pois depende muito do ambiente. E também, na maioria dos casos o Home Theater precisa se adaptar ao espaço físico disponível, decoração, etc. Mas, se estiver preparando um ambiente especial só para o Home Theater, poderá seguir a recomendação da ITU (Intenational Telecommunication Union), ITU-R BS.775-1, apresentada na figura, para uma disposição de 5 caixas (C=Central, LF=Left Front-Esquerda, RF=Right Front-Direita, LS=Left Surround-Esquerda Surround e RS=Right Surround-Direita Surround.

A caixa central por estar destinada mais aos diálogos, precisa estar em baixo ou em cima do Display, dando a sensação de que a fala está saindo da tela. No cinema ela fica atrás da tela, que tem minúsculos furinhos para passar o som. As caixas surrounds poderão dar melhor efeito se estiverem numa altura um pouco acima do ouvido.

O Subwoofer por reproduzir sons graves e dispersos, pode ficar em qualquer lugar na frente, que apresente o melhor resultado sonoro. Normalmente é colocado numa posição entre as duas caixas frontais.

Aqueles que possuem AV Receiver de 7.1, 9.1 ou até 11.1 canais, dependendo da sua característica, podem instalar caixas estéreos em outros ambientes e/ou caixas traseiras (surround back) esquerda e direita.

Se o seu AV Receiver possui o processador digital de canais frontais suspensas (Front Height), como o Dolby Prologic IIz ou o Audyssey DSX (Dynamic Surround Expansion), que dão uma sensação espacial (como chuva caindo), instalem as caixas em cima das frontais numa elevação aproximada de 45° do ponto de ouvinte.
No caso de Audyssey DSX, tem ainda a possibilidade em instalar as caixas frontais amplas (Front Wide), que ficam a 30° além das frontais normais, neste caso as suspensas devem ficar posicionadas entre as frontais normais e amplas.

Conexão das Caixas

Utilize o fio paralelo identificado, especial para a conexão de caixas acústicas, evitando assim a inversão de polaridade (+ e -, vermelho=positivo e preto=negativo). Identifique as extremidades do fio. Para conectar na traseira do AV Receiver é fácil, pois estão identificados (cuidado com a polaridade, inclusive nas caixas). Tenha certeza de que está com um bom contato.

Configuração das Caixas no Receiver

Se o seu AV Receiver possui o auto setup de caixas acústicas, não tem muito o que preocupar, pois o Receiver fará quase tudo sozinho.  Se alguma coisa estiver errada, será alertado. Depois é só conferir e corrigir se necessário.

A definição da caixa se é Small (pequena) ou Large (grande), é para dizer ao AV Receviver que os sons graves (abaixo das frequências definidas como Crossover) desta caixa devem ser direcionados para o Subwoofer ou aquelas definidas como Large. Na maioria dos AV Receivers se for definido que não tem Subwoofer, as caixas frontais serão definidas como Large automaticamente. Se o seu Subwoofer possui o ajuste de crossover, em muitos casos é melhor deixar desativado, pois no AV Receiver já está definida.

Não esqueça em fornecer a distância correta, pois o AV Receiver irá determinar o delay (atraso) do som para que chegue no ouvinte na fase certa.
O mais complicado para regular, é o volume de cada canal manualmente, e ainda sem o medidor de intensidade sonora, principalmente se emite sinal somente um canal por vez. Se emite a cada dois canais, fica mais fácil, pois é só deixar no nível como se o som estivesse saindo do meio entre as duas caixas.

Recomendação: Adquira preferencialmente todas as caixas da mesma marca, modelo, série e impedância. Com certeza dará um resultado muito superior. Uma salada mista trará um resultado catastrófico. As caixas frontais esquerda e direita são as mais exigidas e por isso poderá obter um resultado ainda melhor, se a sua resposta de frequência for mais ampla, optando por Bookshelf maiores ou Torre. O melhor instrumento ainda é o seu ouvido, peça uma demonstração com uma música ou filme de sua preferência, num ambiente mais parecido com o da sua casa. Lembre-se que é um investimento a longo prazo, pois não ficam obsoletas como outros componentes do Home Theater.

Atualizações

06/out/2010: A DTS está fazendo demonstração da tecnologia de pós-processamento de áudio Neo:X na CEATEC Japan 2010 (Combined Exhibition of Advanced Technologies). É uma tecnologia onde os áudios 5.1 a 7.1 canais são processados e transformados em 11.1 canais, ou seja, além dos 7.1 canais normais, existem mais 4 frontais sendo, 2 Wide (L/R) e 2 Height (L/R). Veja as disposições destas caixas na ilustração. Esperam que até o final de ano, alguns fabricantes já incluam em AV Receiver esta nova tecnologia. 

Veja cabos para caixas acústicas em Cabos para áudio e vídeo.

Veja também:
Fone de ouvido
Front Surround
Áudio puro

  

4 de setembro de 2009

AV Receiver

Depois do gramofone e do receptor de rádio AM a válvula, o grande destaque numa sala nos anos 50 e 60, era o conjunto de som conhecido como rádio vitrola. Era um gabinete móvel, que integrava, receptor de rádio AM (ondas longas, médias e curtas), toca-discos (vitrola), amplicador a válvula e alto-falantes, poderia ser mono ou estéreo. Nos anos 60, com preços mais acessíveis, o televisor veio a fazer companhia (hoje dominante) na mesma sala. De qualquer forma, eram bons tempos onde uma família, reunia para ouvir músicas ou assistir televisão. Hoje cada um com o seu aparelho preferido (DAP-Digital Audio Player, Video Game, Computador, Celular, TV/DVD Portátil, etc.), fica num canto. Será que a alta tecnologia veio para destruir o conceito de união familiar? Espero que não!

No final dos anos 60, surgiram os equipamentos em módulos separados, como toca-discos (pick-up/record player), gravador/reprodutor de fitas de áudio cassete/rolo, amplificador de potência, pré-amplificador, equalizador, sintonizador de rário AM/FM, etc. Um equipamento que fez sucesso, era o que integrava, sintonizador de rádio AM/FM, pré-amplificador e amplificador de potência, conhecido como Receiver (Receptor, por ter sintonizador de rádio). Devido a variedade selecionável de conectores de entrada e saída, tornou-se o nervo central de um bom conjunto de som.

Com a introdução do conceito de Home Theater e da digitalização do áudio e vídeo, o Receiver se tornou multicanal e houve necessidade em adicionar a conexão de vídeo e o processamento digital. Conhecido agora como AV Receiver (Audio-Video Receiver), continua sendo o equipamento central, com entrada selecionável para diversos componentes de áudio e vídeo. No Japão é conhecido como AV Amplifier, ou simplesmente AV Amp. Continua com os mesmos três módulos. Alguns modelos não possuem mais o sintonizador de rádio, enquanto outros adicionaram também as digitais. Amplificador de potência passou de estéreo (2 canais) para multicanal (5, 7, 9 ou mais canais).

A grande mudança ocorreu no pré-amplificador, pois além do áudio analógico tradicional, ele precisa processar o áudio digital, e também o vídeo (analógico e digital). Precisa descompactar os Codecs como Dolby, DTS e por isso incorporou o DSP (Digital Signal Processor), que também processa diversos emuladores de efeitos ou intensificações (enhancement) sonoros, tais como: efeito de uma sala de concerto; geração de efeito multicanal a partir de uma fonte em estéreo; geração de canais adicionais como HL e HR (Height Left/Right-Frontal Esquerdo e Direito Alto), que realça por exemplo, uma chuva caindo.


Características:

A seguir, algumas características obrigatórias ou opcionais de um AV Receiver.

Conectores: Quanto maior o número de conectores de entrada e saída é melhor, principalmente o de HDMI (desejável que a sua versão seja no mínimo de 1.3a).  Veja mais em Cabos para áudio e vídeo. Em alguns modelos não disponibilizam a entrada Phono (Phonograph), utilizada para conectar o antigo toca-discos com cápsula magnética (MM-Moving Magnet), neste caso há necessidade de um Phono Equalizer (Equalizador de curva RIAA), para poder conectar em qualquer entrada de áudio analógico. O toca-discos moderno, normalmente já vem com o equalizador. No caso da cápsula de cerâmica ou de cristal, não há necessidade do equalizador. Veja detalhe no Disco de vinil.

Conversor de vídeo: Considerando a qualidade de vídeo mais comum, em ordem decrescente, temos: HDMI, Video Componente, S-Video e Video Composto. Agora imagine, como exemplo, uma instalação em que um AV Receiver tem como saída de vídeo, um HDTV via HDMI; e como fontes de vídeo, um Blu-ray Disc Player em HDMI, DVD Player em Video Componente, Video Cassette em S-Video e um TV analógico em Video Composto. Neste caso, como a saída de vídeo é em HDMI, excetuando o BD Player, o AV Receiver necessita fazer a conversão de todos os outros vídeos para HDMI. Uma conversão pode ser para cima ou para baixo. Muitos fabricantes definem este tipo de conversão para cima do exemplo acima, como Upconverting ou até mesmo de Upscaling. Um Upscaling existe, se houve uma melhoria na resolução da imagem, como passar de 720x480 para 1920x1080; caso não exista, é uma conversão simples de vídeo. Veja mais em Upscaling e Upconverting.

Regulagem de som: Uma perfeita regulagem de som existe, se todos os canais conseguem enviar, uma mesma fonte sonora, na mesma intensidade e na mesma fase para o ponto onde se encontra o ouvinte. Como cada caixa acústica está numa distância diferente do ouvinte, é necessário regular canal por canal, por isso é quase impossível fazer uma boa regulagem sem o auxílio de ferramentas. Para facilitar, alguns modelos possuem regulagem automática de som (auto setup, tipo MCACC, AUDYSSEY 2EQ/MultiEQ, etc.). Através de um microfone colocado no ponto onde o ouvinte vai ficar, o AV Receiver emite diversos sons, capta, analisa e regula automaticamente, o volume e a fase de cada canal, e ainda considerando o nível de ruído existente no ambiente.

Outros: Alguns AV Receiver possuem conectores USB, Ethernet, Wi-Fi, etc.

Especificações:

A seguir, algumas especificações que ajudam na avaliação da qualidade de um AV Receiver.

Potência de saída: É dada em Watt por canal (Wpc). Avalie em potência contínua ou efetiva que é dada em RMS (Root Mean Square). PMPO (Peak Music Power Output), é a potência que o amplificador consegue dar por um curto período de tempo sem avaria. Cada fabricante define o seu padrão PMPO, e portanto, nem existente um fator de conversão para RMS. A potência também varia conforme a impedância da caixa acústica (4, 6, 8 Ohms). A nossa audição não responde linearmente com o aumento da potência, mas sim logaritmicamente (medido em dB-decibel), ou seja, para sentirmos o dobro de um volume, há necessidade em aumentar por 10 vezes, linearmente. Praticamente não se sente diferença na intensidade sonora gerada por um amplificador de 100W e outro de 120W.

THD (Total Harmonic Distortion): Distorção Harmônica Total que é definido como a relação entre a soma das potências de todos os componentes harmônicos e a potência da frequência fundamental. Dada em percentual e quanto menor é melhor.

S/N (Signal to Noise ratio): Relação Sinal/Ruído. Mede o tamanho do ruído gerado em relação ao sinal do som. É dado em dB (decibel), e quanto maior é melhor.

Resposta de Frequência: A nossa audição consegue perceber sons que encontram na faixa de frequência entre 20Hz a 20KHz. Hoje praticamente todos os AV Receivers tem resposta de frequência bem superior a esta faixa. A variação pode ocorrer para cima ou para baixo e é dada em dB. O ideal é que não haja variação, mas é aceita até ±3dB.

Conexão e Configuração:

Leia atentamente o manual! Para facilitar, identifique todos os fios e cabos nas duas extremidades. Desenhe o esquema de conexão de todos os componentes (qual equipamento está ligado em qual conector), que irá facilitar na hora de fazer a configuração; e também será de grande utilidade numa modificação futura.

30/março/2010 O AV Receiver da Denon AVC-4310, que em rede, conectado a PC, através de Windows Media Player, pode reproduzir áudios no formato MP3, WAV (LPCM), AAC (sem DRM), WMA e FLAC, e imagens JPEG. Agora é compatível com Windows 7, e através do recurso LLTD (Link Layer Topology Discovery) é reconhecido pelo PC e pode ser configurado através do Painel de Controle, e ser selecionado pelo Windows Media Player ver. 12. Não há necessidade em atualizar o firmware.

Veja também:
Front Surround Bar
Home Theater
Home Theater Compacto
Som: Analógico x Digital
Áudio puro
Fone de ouvido
Áudio de alta definição do Blu-ray