28 de julho de 2010

Novidades 3D - parte 2


28/jul/2010: A Panasonic anuncia o lançamento de filmadoras (camcorder) 3D para o mercado consumidor do Japão no final de agosto. São filmadoras 2D Full HD que acoplando uma lente de conversão 3D, se tornam filmadoras 3D. As filmadoras são: HDC-TM750 que tem memória interna de 96GB, microfone surround 5.1, pesando 440g com bateria e o modelo HDC-TM650 com memória interna de 64GB, microfone estéreo, pesando 388g com bateria. São filmadoras de alta definição 3MOS de 1/4.1", no formato AVCHD (padrão de 1 de julho de 2010), 1080/60p (28Mbps), que podem adicionar cartão de memória SDXC/SDHC/SD, Zoom óptico de 12x, Zoom iA (inteligent Auto) de 18x, estabilizador de imagem híbrido (óptico e eletrônico). A expectativa de preço é de ¥160.000 (US$ 1,770.00) para o modelo HDC-TM750 e de ¥130.000 (US$ 1,440.00) para o HDC-TM650.


A lente de conversão 3D para TM750/650 é o VW-CT1, pesando 195g e expectativa de preço em torno de ¥38.000 (US$ 420.00). A gravação de vídeo 3D é no formato Side by Side, e portanto reduz a resolução da imagem pela metade (veja no HDTV 3D). A gravação pode ser feita também no cartão de memória. Os vídeos gravados em 3D podem ser assistidos em equipamentos 3D como HDTV 3D que aceitem o formato Side by Side. Em 3D alguns recursos como imagens estáticas (foto) ou zoom iA não são possíveis, o estabilizador de imagem fica só o óptico, zoom óptico fica wide. Veja detalhes no site da Panasonic japonesa.

A Panasonic anunciou ainda que irá lançar dentro deste ano, lente 3D para câmeras DSLR, Lumix da série G (veja na ilustração acima). A filmadora 3D será colocada no mercado norte-americano em outubro, mas sem a memória interna, só para cartão de memória SDXC/SDHC/SD, modelo HDC-SDT750 a um preço estimado de US$ 1,400.00. Veja detalhes no site da Panasonic USA.

28/jul/2010: A empresa de pesquisa Display Search apresentou o relatório de previsão de venda mundial para Display e TV 3D até 2014. Para este ano a expectativa de venda é de 3.4 milhões de unidades e para o ano de 2014, o mercado espera alcançar 42.9 milhões. O mercado de TV 3D, espera crescer de 5% do total de vendas em 2010 para 37% em 2014. Parece que esta tecnologia veio para ficar, pois a maioria dos fabricantes estão começando a anunciar que em breve, todos os HDTVs acima de 40" a serem produzidos, serão pelo menos 3D Ready (no primeiro mundo). Veja mais detalhes da previsão no site da Display Search.

29/jul/2010: A Let's Corporation anunciou o início da comercialização da câmera digital de bolso, 3D sunday pocket HD CAMERA, a partir de final de agosto no Japão. A câmera tem sensor CMOS 1/2.5" de 5 Mpixels, tela de LCD de 2.4" na resolução de 480x240 que é autoestereoscópica de parallaxe barrier (não precisa de óculos), tem memória interna de 128MB e pode usar cartão de memória SDHC/SD de até 32GB. Além de 2D, pode filmar na resolução de 1280x720p/30fps (16:9) em 3D no formato Side by Side e tirar fotos 3D na resolução de 2592x1944 (3:4). Como todos os HDTV 3D reconhecem o formato Side by Side (é o mesmo da transmissão de TV 3D), esperam que seja um grande atrativo de venda pela falta de conteúdos 3D. Tem a dimensão de 118x172x23 (mm) e pesa 148g. O preço de venda será de ¥29.800 (US$ 330.00). Veja mais detalhes e vídeo no site da Let's Corporation.

06/ago/2010: A SPE (Sony Pictures Entertainment) anuncia o lançamento dos primeiros filmes em Blu-ray 3D a ser comercializados no Japão a partir de 17 de setembro, pois até hoje alguns títulos são distribuídos como brinde pelos fabricantes. Tratam-se de くもりときどきミートボール (Cloudy with a chance of Meatballs - Tá chovendo Hamburguer) e モンスター・ハウス (Monster House - A Casa Monstro), a preço de ¥3.480 (US$ 38.00). Como estes discos são compatíveis com o Blu-ray 2D, podem ser reproduzidos também em BD Player comum (em 2D). A SPE promete colocar muitos títulos no mercado a partir deste outono (hemisfério norte). Press Release da SPE ( japonês).

17/ago/2010: A Fujifilm anuncia o lançamento da nova câmera digital 3D compacta, FinePix REAL 3D W3, uma versão evoluída do FinePix REAL 3D W1 (Veja em Câmera fotográfica). Agora é possível filmar na resolução de 1280x720/24fps, tem 2 sensores de imagem CCD de 1/2.3" de 10 Mpixels e o novo display LCD de imagem autoestereoscópica wide de 3.5", de 1.15Mdot do tipo Lenticular, reduzindo o efeito crosstalk. Início da comercialização no Japão será de 4 de setembro e deverá custar em torno de ¥48.000 (US$ 530.00). Mais detalhes do produto veja no site da Fujifilm Global.

29/set/2010: A Lucasfilm anuncia que irá converter a saga Guerra nas Estrelas (Star Wars) do diretor George Lucas para 3D. O episódio I, A Ameaça Fantasma (The Phantom Menace), tem a expectativa de estar nas telas de cinema em 2012. A responsabilidade do projeto está com a Industrial Light & Magic. Eles afirmam que para ter um bom resultado, demanda tempo, por isso não tem pressa e espera obter grande audiência com a nova experiência em Guerra nas Estrelas 3D. Veja no site da StarWars.

04/out/2010: A Toshiba anuncia o lançamento do seus primeiros TVs 3D de LCD autoestereoscópicas (sem óculos), Glasses-Less 3D, de 20" e 12" a serem comercializados a partir do final de dezembro. A tecnologia utilizada é de Integral Imaging em conjunto com uma película lenticular. No caso do modelo 20GL1 de 20", usando um painel de 4K2K, tem a resolução de 1.280x720p, em imagens 2D ou 3D, 9 sub-pixels por cada cor primária totalizando 27 sub-pixels, contraste de 550:1 utilizando 1.440 LEDs como backlight, o seu processador é CELL Broadband Engine, e tem expectativa de preço em torno de ¥240.000 (US$ 2,600.00). Na CEATEC Japan que iniciará a partir de amanhã, será apresentada também demonstração de um modelo de 56", mas afirmam que ainda tem muitos problemas a serem resolvidos em telas grandes. Press Release em japonês da Toshiba.

22/nov/2010: A Hibino, um dos principais fabricantes de displays para montagem de telões, anuncia o display 3D de menor dot pitch, para aplicação comercial, o ChromaLED 3D4 com dot pitch de 4mm, 38" na resolução de 384x288 dots. O início da comercialização não está definida. Da série ChromaLED 3D, está aceitando o pedido de ChromaLED 3D6, que tem dot pitch de 6mm e resolução de 128x96 dots em 38". Juntando os displays poderá chegar a telão de 520" com resolução de Full HD. A tecnologia 3D foi desenvolvida em colaboração com a JVC-Kenwood, numa aliança estratégica anunciada em setembro. A imagem 3D, utiliza a tecnologia dot by dot (checkerboard), onde a imagem do olho esquerdo e direito é montada alternadamente dot por dot. Utilizando um filtro de polarização de luz, por isso poderá ver a imagem 3D em óculos passivos de polarização de luz. Com relação a tecnologia mais usada em telões 3D line by line, melhora a qualidade da imagem e se torna menos cansativa. Detalhes em japonês no Press Release.

06/jan/2011: A Sony está apresentando na CES 2011, o Camcorder "Double Full HD" 3D, HDR-TD10. Ele integra duas lentes Sony G, dois sensores CMOS "Exmor-R" e dois processadores de imagem BIONZ. O sistema de gravação dual permite que o conteúdo 3D seja gravado na resolução Full HD. A gravação pode ser visualizada  em display 3D ou em 2D, e também no display de 3.5" Xtra Fine LCD do camcorder que é autoestereoscópico (sem óculos). Tem 64GB de memória interna. O camcorder deverá estar disponível nos EUA em abril a preço em torno de US$ 1,500.00. Veja detalhes e outros produtos como filmadora com projetor integrado no Press Release da Sony.

07/jan/2011: A JVC está apresentando na CES 2011, a filmadora Full HD 3D, Everio GS-TD1. Grava vídeos 3D pelo método Frame Packing, através de 2 lentes claras de F1.2 (HD GT Lens), 2 sensores de imagem CMOS Full HD de 1/4.1" 3.32Mpixels e processador de imagem de alta velocidade FALCONBRID. A gravação 3D Full HD (1920x1080/60i) é feita no formato MPEG-4 MVC em 22 ou 34Mbps, é possível gravar em menor resolução no formato Side by Side em AVCHD. Zoom em 3D é de 5x e em 2D de 10x. O áudio é Dynamic 3D sound - Biphonic Technology. Tem memória interna de 64GB onde é possível fazer gravações 3D de até 4 horas em 34Mbps. Aceita também cartões de memória flash SD/SDHC/SDXC. Tem display autoestereoscópico (sem óculos) de 3.5". O início da comercialização está prevista para março nos EUA, a preço em torno de US$ 2,000.00. Como a da Sony (veja acima) será disponibilizada no mercado em abril, esta filmadora da JVC está sendo considerada a primeira do mundo em 3D Full HD, destinada ao mercado consumidor.

28/mai/2012: Não será mais atualizada esta página, visto que está ocorrendo uma tendência de que  as imagens 3D em muito aparelhos serão oferecidas como uma opção a mais para atrair o consumidor, como em HDTV. As novidades serão atualizadas nas respectivas páginas de equipamentos como, filmadora, projetor de imagens, HDTV, etc.    


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Veja também:
Imagens 3D
Imagens 3D estereoscópica
HDTV 3D

12 de julho de 2010

Cartão de memória flash

Memória flash (Flash Memory) é uma tecnologia de armazenamento de dados não volátil, que pode ser gravado e apagado, desenvolvida pela Toshiba em 1980. Sendo não volátil, não necessita de energia para manter os dados armazenados, apesar de ser mais lento do que uma memória volátil como DRAM (Dynamic Random Accesss Memory) de um PC. Foi dado o nome de flash porque o processo de apagamento do conteúdo lembrava o flash de uma câmera fotográfica.

Cartão de memória é um dispositivo de armazenamento de dados que utiliza a memória flash. Como são pequenos, regraváveis e mantêm os dados mesmo sem energia, são normalmente usados em equipamentos portáteis como câmera digital, filmadora de vídeo (camcorder) digital, aparelho celular, gravador de áudio portátil, MP3 Player, Notebook e diversos outros produtos eletrônicos. Como a transferência de dados, na maioria dos cartões, ocorre em paralelo, a sua taxa de transferência são apresentadas normalmente em Bps (Bytes por segundo) em vez de bps (bits por segundo), lembrando que 1 byte = 8 bits. Existem diversas tecnologias de cartão de memória e apresentarei a seguir as mais conhecidas.

SD (Secure Digital)

Cartão de memória SD ou SD Memory Card em inglês, foi desenvolvido pela Sandisk, Matsushita (Panasonic) e Toshiba  em 1999, para competir com o Memory Stick da Sony. Foi baseado em MMC (Multimedia Card), adicionando vários importantes avanços tecnológicos, incluindo a proteção de segurança criptográfica para dados com direito de cópia (DRM - Digital Rights Management), o CPRM (Content Protection for Recordable Media). Fisicamente tem a mesma dimensão do MMC, mas um pouco mais espesso. Hoje é o cartão de memória mais conhecido e usado em diversos tipos de equipamentos portáteis, disponíveis no seu tamanho padrão, como também em mini e micro (no SDXC não tem o mini). Também existem adaptadores.


Capacidade: No SD padrão, com o formato de arquivo FAT12 ou FAT16, a capacidade de armazenamento é de até 2GB (especificação 1.01 e 1.1). No SDHC (High Capacity - Alta Capacidade) com formato FAT32, a capacidade é de 4GB a 32GB (especificação 2.0). No SDXC (eXtended Capacity - Capacidade Estendida) com formato exFAT, aumentou a capacidade para 32GB até 2TB (especificação 3.0).

Compatibilidade: Conforme pode ver na ilustração abaixo, um aparelho que suporta SDXC, aceita também SDHC e SD, mas o SDXC não é reconhecido nos aparelhos que suportam somente SDHC ou SD. Ocorrendo o mesmo com SDHC, ou seja, aparelho que suporta SDHC, aceita também o SD mas não reconhece o SDXC. O aparelho que foi produzido para ler o SD padrão, não reconhece nem o SDHC e nem o SDXC. Antes de comprar, leia o manual do aparelho, para saber quais os tipos de cartões SD que podem ser utilizados.


Taxa de transferência: A memória flash tem uma característica em variar a velocidade de transferência. Como uma gravação de vídeo necessita de uma velocidade constante, a memória SD designa um desempenho mínimo de gravação, garantindo assim, uma velocidade mínima de transferência necessária para equipamentos de gravação de vídeo como filmadora, apresentada em classe de velocidade.


Atualmente existem 2 tipos: Speed Class que é dividido em 2, 4, 6 e 10 identificados dentro da letra C que vai até 832Mbps (104MBps) e UHS Class (Ultra High Speed) que são os cartões SDHC ou SDXC identificados com a letra I e vai de 832Mbps (104MBps) até 2.4Gbps (300MBps), onde o número da classe é colocado dentro da letra U, que deverá ser implementada na especificação 4.0 a ser divulgada. Os 2 tipos de cartões não são compatíveis.

Classes de taxa de transferência, com a garantia de velocidade mínima constante, encontradas nos cartões disponíveis no mercado são: Class 2 = 16Mbps (2MBps), Class 4 = 32Mbps (4MBps), Class 6 = 48Mbps (6MBps) e Class 10 = 80Mbps (10MBps). A Pretec lançou uma memória SDXC classe 16 que tem a garantia mínima de 128Mbps (16MBps).

Além da classe de velocidade, que é a taxa de transferência mínima garantida, existe a especificação de velocidade máxima de leitura e gravação, onde em geral a velocidade de leitura é maior do que a de gravação. A especificação colocada no cartão pode confundir o consumidor, pois alguns fabricantes colocam somente a velocidade de leitura ou de gravação. Outro detalhe que deve prestar atenção é que dependendo do fabricante, a velocidade está em bps (bit) ou Bps (byte), ou ainda em múltiplo de velocidade do CD-ROM como base, que é de 1.2 Mbps (150KBps), como por exemplo x20 = 24Mbps (3MBps). Tome bastante cuidado na hora de comprar, lendo atentamente a especificação. Mais detalhes técnicos, veja no SDA (SD Association).

Wi-Fi SD: A Eye-Fi foi a primeira a lançar a memória SD com Wi-Fi integrado, onde funciona normalmente como qualquer cartão SD, mas com uma câmera que suporta esta memória, os dados podem ser transferidos diretamente a um PC sem retirar da câmera, através da rede Wi-Fi especificada. A Toshiba quer criar um fórum de fabricantes para promover o cartão SD com Wi-Fi integrado, criando uma padronização (veja detalhes na atualização da postagem Transferência de imagem e som HD).

MMC (MultiMedia Card)

Cartão MMC foi desenvolvido pela Siemens AG e SanDisk em 1997. Foi base para o desenvolvimento do cartão SD e tem a compatibilidade física, sendo só um pouco mais fino (1.4mm contra 2.1mm do SD), por isso é possível inserir no leitor de cartão SD e como alguns aparelhos reconhecem também o MMC, apesar de poucos fabricantes, até hoje existe a comercialização. Pode chegar até a capacidade de 32GB.

CF (CompactFlash)

Compact Flash ou CF Card foi desenvolvido pela SanDisk em 1994 e se tornou um sucesso entre os cartões comercializados na época. Incorpora o IDE (Integrated Device Electronics) que é o mesmo interface do HDD. Por ser de alta confiabilidade por causa do ECC (Error Checking and Correction - verificação e correção de erro), é o cartão preferido de muitos fabricantes para armazenar vídeo digital em equipamentos profissionais. A sua capacidade atual está em 128GB e a taxa de transferência, conforme a especificação 4.0, pode chegar até 1.06Gbps (133MBps) em UDMA133. Na nova especificação de 5.0, com o endereçamento de 48bits, a sua capacidade poderá chegar até 128PB (Petabyte = 1.000TB). Tem o Type I e Type II com a mesma dimensão física onde a diferença está somente na espessura, o Type II é mais grosso e pode suportar maior carga de corrente elétrica. Mais detalhes técnicos veja no CFA (Compact Flash Association).


Na ilustração acima, filmadora digital profissional de mão (handheld) da Canon XF305 que tem 2 slots (encaixe) para cartões CF e câmera DSLR profissional da Nikon D3x que utiliza 2 cartões CF para armazenar fotos.

Memory Stick

Desenvolvido pela Sony e SanDisk em 1998, é um cartão de memória com padrão fechado, para uso exclusivo em equipamentos da Sony. Atualmente os equipamentos novos da Sony estão aceitando como opcional, o cartão SD. Tem a tecnologia de proteção contra cópias MagicGate. Pode ser encontrado em 3 tamanhos: Padrão que tem o tamanho original inicial (Memory Stick PRO), Duo que é um pouco menor do que o cartão SD, por isso é o mais usado em equipamentos portáteis em geral como câmera digital, e no tamanho micro (M2).

Capacidade de armazenamento: O padrão normal chega até 32GB e a nova série XC pode chegar a 2TB.

Taxa de transferência: O padrão PRO tem a máxima de 160Mbps (20MBps) com a garantia mínima de 15Mbps (1.88MBps) ou 32Mbps (4MBps). Padrão HG pode chegar a máxima de 480Mbps (60MBps) com a garantia mínima de 40Mbps (5MBps) ou 120 Mbps (15MBps).

xD Picture

Cartão xD (Extreme Digital) Picture foi desenvolvido pela Fujifilm e Olympus em 2002 para utilização em câmeras digitais, e hoje está na tendência em se tornar obsoleto, pois não há mais produção de câmeras com uso exclusivo deste cartão, tanto as câmeras digitais da Fujifilm como as da Olympus estão aceitando também opcionalmente o cartão SD. Apesar da capacidade poder chegar a 8GB, normalmente é encontrado no mercado, somente até 2GB.

P2

Lançado pela Panasonic em 2004, Professional Plug-in, P2 é um cartão de memória para armazenamento de vídeo digital profissional, utilizado em filmadora digital profissional da Panasonic. É um cartão do tipo PC Card onde internamente tem alguns módulos de memória SD com controlador LSI, conseguindo assim aumentar a capacidade de armazenamento e a taxa de transferência. Atualmente estão disponíveis na capacidade de 16GB, 32GB e 64GB e a taxa de transferência pode chegar a 1.2Gbps (150MBps) na série E. Na ilustração temos a filmadora profissional de mão da Panasonic, modelo AG-HPX175, de 1.9Kg, que utiliza cartão P2 para armazenar vídeos em multiformato.

SxS

Cartão SxS (lê-se S by S - S por S) desenvolvido pela Sony e SanDisk em 2007, é uma memória flash no padrão do ExpressCard. Utilizados em vídeo digital profissional, e disponíveis na capacidade de 8GB, 16GB e 32GB na taxa de transferência de 800Mbps (100MBps), podendo chegar a 2.5Gbps (312MBps). Por ter um custo alto, foi desenvolvido o cartão SxS-1, opção mais econômica, que tem a mesma característica do PRO, porém de uma vida útil menor (número reduzido de leitura e gravação), onde afirmam que usando a plena carga, 1 vez por dia, pode chegar a 5 anos de vida útil. Filmadoras XDCAM EX novas da Sony estão incorporando um medidor de vida útil do cartão. Para facilitar, existem adaptadores para Memory Stick PRO-HG Duo e cartão SDHC. Na ilustração abaixo, filmadora profissional XDCAM EX de mão da Sony, PMW-EX1R, que tem medidor de vida útil do cartão e 2 slots para cartões SxS.



Atualizações

30/nov/2010: A SanDisk, Sony e Nikon propuseram uma nova especificação de cartão de memória de uso no mercado profissional de foto e vídeo, para Compact Flash Association (CFA). Nessa proposta, a taxa de transferência deve atingir a 500MBps (4Gbps), utilizando a interface PCI Express, na especificação CF 6.0 é de 167MBps (1.34Gbps). A capacidade máxima de armazenamento deverá passar de 2TB. Veja detalhes no Press Release da Nikon.

06/jan/2011: A SDA (SD Association) anunciou as primeiras características do Bus UHS-II, especificação 4.0 que deverá estar disponível aos fabricantes até março. A velocidade será de 312MB/s (2.496Gbps) e será disponibilizado somente em cartões SDXC, SDHC e respectivos micros. Para obter esta velocidade terá segundo grupo de contatos (em laranja na ilustração). Os equipamentos que suportarão os novos cartões, aceitarão os cartões anteriores sem problema, e este novo cartão poderá ser usado também nos atuais equipamentos, mas ativando somente o primeiro grupo de contatos e obviamente terá uma velocidade menor. A SDA informou ainda que pretendem dobrar esta velocidade. Veja no Press Release da SDA [PDF].

02/set/2011: A Toshiba anuncia cartão de memória SDHC com rede sem fio integrado (wireless LAN), FlashAir, com capacidade de 8GB e speed class 6, com início de comercialização prevista para fevereiro de 2012. Pode tanto transmitir como receber imagens sem necessidade de acoplar num PC, mesmo numa câmera que não suporte FlashAir (funciona como um cartão comum). Como o cartão da Eye-Fi não tem certificação da SD Association, é considerado como o primeiro da categoria. Veja mais detalhes no site da Toshiba.

19/dez/2011: Panasonic, Samsung, SanDisk, Sony e Toshiba criam Next Generation Secure Memory Initiative para licenciar e promover proteção de imagens HD nos cartões de memória SD e outros dispositivos de armazenamento para uso em equipamentos como Tablets e Smartphones. Acreditam que com a tecnologia que dará máxima proteção nos conteúdos HD em memórias SD, será possível fazer download pela internet, cópia de discos Blu-ray, etc., podendo assim apreciar imagens HD em diversos dispositivos como smartphones (Android), tablets, TVs e produtos Blu-ray. Estas memórias deverão estar disponíveis a partir de 2012. Mais detalhes no site da Next Generation Secure Memory Initiative.

06/jan/2012: A Sony anuncia cartão de memória XQD com velocidade de gravação de 1Gbps (125MBps), na capacidade de 32GB e 16GB para uso em câmeras DSLR. Início da comercialização está prevista para 15 de fevereiro a preço estimado de ¥33.000 (US$ 230.00 nos EUA) para 32GB (QD-H32) e de ¥20.000 (US$ 130.00 nos EUA) para 16GB (QD-H16). Também serão lançados juntos, leitora de cartão XQD com suporte para USB 3.0 (MRW-E80) e adaptador para ExpressCard (QDA-EX1). A sua tecnologia utiliza a interface PCI Express e foi elaborada junto com a SanDisk e a Nikon, chegando a velocidade de 2.5Gbps e no futuro a 5Gbps, e a capacidade de armazenamento poderá chegar a 2TB. A nova câmera D4 da Nikon já vem com 1 slot XQD. Mais detalhes no site da Sony.

10/jan/2012: A SD Association anuncia o padrão Wireless LAN SD que irá possibilitar a transferência de fotos e vídeos de uma câmera digital ou filmadora para um computador, por exemplo, sem a necessidade de conexão, ou seja, sem fio. Ou entre equipamentos, etc. Mais detalhes veja no site da SD Association.

20/jan/2012: A Lexar anuncia cartão CompactFlash, série Lexar Professional 400x de até 256GB, que suporta UDMA7, com garantia de velocidade mínima de 60MB/s, previsão de lançamento no primeiro semestre deste ano, apesar de não estar definido o preço nos EUA, no Japão deverá custar em torno de ¥149.800. Anuncia também Professional 1000x de até 128GB, que tem garantia de velocidade mínima de 150MB/s, que será lançado em abril a preço estimado de US$ 900.00. Mais detalhes no site da Lexar.

20/jan/2013: A Transcend anuncia cartão de memória SDHC com Wi-Fi integrado, Wi-Fi SD Card. Através deste cartão poderá transferir fotos diretamente para Tablet, SmartPhone, etc. Pode ser conectado de 2 modos: Direct Share Mode e Internet Mode. A velocidade do cartão é de classe 10. O início da comercialização está prevista para final de janeiro na versão de 16GB e 32GB. Os preços são: 32GB US$ 99.00 (¥7.980 no Japão) e 16GB US$ 69.00 (¥5.980 no Japão). Mais detalhes, veja no site da Transcend

Veja também:
Filmadora de alta definição
Câmera fotográfica
Câmera digital de lente intercambiável sem espelho
Gravador de áudio portátil
Filmadora Full HD compacta
Som: analógico x digital
Imagem RAW 

   

3 de julho de 2010

Microfone - parte 2


Especificações técnicas

A seguir algumas especificações mais comuns do microfone que são bem parecidas com as de caixa acústica e fone de ouvido. Como depende muito da aplicação, é difícil afirmar o que é melhor. Também é difícil fazer comparação entre fabricantes por não seguirem muitas vezes o mesmo padrão de medição. O melhor é verificar primeiro a finalidade de uso sugerida pelo fabricante e depois fazer a comparação.

Resposta de frequência (Frequency Response): É a faixa de frequência em que ele consegue captar, dentro de uma determinada tolerância, normalmente medida on-axis (no eixo), ou seja, sons que incidem diretamente no diafragma (0° no gráfico do padrão polar). Lembrando que a faixa audível pelo nosso ouvido é de 20Hz a 20KHz (Hz = Hertz = ciclos por segundo).

Impedância (Impedance): É a carga resistiva que ele apresenta, na unidade de Ohm (Ω). Baixa impedância é menor de 600Ω, média entre 600Ω e 10.000Ω e alta acima de 10.000Ω. A vantagem da baixa impedância é poder ter cabo mais longo, sendo menos sensível ao ruído. A maioria dos microfones profissionais tem impedância menor do que 200Ω. Verifique as características técnicas (se precisa de casamento de impedância) do microfone e a impedância de entrada do equipamento que vai acoplar. Alguns microfones têm impedâncias selecionáveis como 545SD da  Shure, Classic Unidyne Instrument Microphone, dinâmico, unidirecional que vem acertado para impedância baixa, mas pode mudar para alta.

Sensibilidade (Sensitivity):  Mede a sua eficiência, ou seja, a capacidade em converter a pressão acústica recebida em voltagem elétrica (ganho). Apresentada em mV/Pa ou dBV/Pa, onde Pa (Pascal) equivale e SPL de 94dB a 1KHz. Quanto maior, mais eficiente. dB = decibel

Sound Pressure Level (SPL): Nível máximo de pressão sonora. É o nível de pressão sonora em que o microfone capta com a distorção harmônica total (THD - Total Harmonic Distortion) de 0.5% a 1KHz, mas alguns fabricantes apresentam com 1% de THD, ou até mais. Apresentada em dB.

Conectores

XLR da Cannon: Desenvolvido pela Cannon, hoje empresa da ITT Corporation. Muito utilizado em microfone profissional, normalmente de 3 pinos, com sinal balanceado (2 condutores interno com o mesmo sinal elétrico, porém com fase invertida uma da outra, para neutralizar qualquer ruído captado que estão em fase). Alguns microfones específicos têm mais pinos. Tem também o conector mini-XLR que é em torno de 40% menor do que o padrão.

Phone-plug: Pino com diâmetro de 1/4" ou 6.35mm, também conhecido como conector TRS (Tip, Ring e Sleeve), o mesmo usado na antiga central telefônica, onde a telefonista fazia conexão de linhas. Muito utilizado também no fone de ouvido. Para sinal não balanceado.

Mini-plug: Pino com diâmetro de 1/8" ou 3.5mm. Para sinal não balanceado.

Filtro de vento e suspensão

Filtro:

A utilização do microfone em ambiente externo onde tem vento, ou então na gravação de voz onde produz rajada de sopro tanto na respiração como na pronúncia de consoante plosiva ou oclusiva bilabial sonora como P e V, ou som sibilante, é necessário usar um filtro para não gerar ruído de vento. Alguns microfones já possuem filtros cobrindo o diafragma. Uma proteção excessiva ou dependendo do material utilizado no filtro, pode provocar atenuação nas frequências altas.

Pop Filter, são telas que ficam entre o microfone e o locutor/cantor, ou seja, mais utilizados em estúdios, na gravação de voz.

Windscreen (tela de vento) ou Windshield (blindagem de vento, denominação introduzida  pela Rycote) usado tanto em gravação interna como em externa. Pode ser para envolver somente a frente no caso do cardioide, ou então para envolvê-lo por inteiro.

Blimp ou Zeppelin (por ter formato de dirigível) ou ainda Windjammer (bloqueador de vento) são grandes, usados para envolver os microfones, na maioria das vezes sobre o windscreen, inclusive servindo como protetor, são mais usados nas gravações externas.

Na ilustração abaixo temos exemplos de filtros e suspensão e também um kit de filtro e suspensão da Rycote.


Suspensão:

Suspension ou Shock Mount tem como finalidade eliminar quaisquer tipos de vibrações ou choques para não gerar ruídos sonoros no microfone. Normalmente os microfones já possuem a primeira proteção interna do diafragma.

Tipos de microfones

USB Microphone: Com circuito ADC (Analog Digital Converter - Conversor analógico digital) integrado, onde o áudio é digitalizado e liberado pela interface USB, podendo assim conectar diretamente num PC ou outro equipamento. Em geral a amostragem é de 44.1KHz/16bit (igual ao CD) como o AT2020 USB da Audio-Technica, mas tem alguns de alta definição como o USB.009 da Marshall MXL que tem opções de amostragens que vai até 96KHz/24bit.

Wireless microphone: Microfone sem fio, eliminando o cabo, transmitido normalmente em frequência modulada (FM). Mais usual em microfone vocal de mão (handheld), de lapela (lapel) ou de cabeça (head worn), onde a mobilidade do cantor ou apresentador é importante. Nos microfones maiores de mão, o transmissor é integrado no próprio corpo, enquanto os menores como de lapela e de cabeça (auricular), são acoplados num transmissor, preso normalmente na cintura. Obviamente existe um receptor que precisa estar próximo, preferencialmente em linha reta e sem obstáculo para não sofrer  nenhuma interferência. Na ilustração temos microfones sem fio da Sennheiser SKM5200 de mão e EW 122 PG3 de lapela.

Surround microphone: Microfone para som envolvente, onde num só corpo faz gravação em multicanal. Na ilustração abaixo temos alguns exemplos de microfones surround. Canon SM-V1 de 5.1 canais para camcorder, que custa US$ 250.00. DPA 5100 para 5.1 canais, de multiuso, inclusive para filmadora, que custa US$ 3,700.00. Holophone H2-PRO, profissional com opção para 5.1, 6.1 ou 7.1 canais, preço em torno de US$ 6,000.00. SoundField DSF-2, profissional para uso em estádio ou sala de concerto para transmissão, usado pela TV Globo na unidade externa de transmissão de alta definição, opção de mono até 5.1 canais, preço US$ 12,250.00. Sanken WMS-5 de 5.0 canais, preço sugerido de ¥312.900 (US$3,400.00).


Tube microphone: Vacuum Tube Microphone (microfone a válvula ou valvulado), é um microfone de condensador com pré-amplificação de sinal a válvula. É um microfone que dá um certo "calor" aquecendo o vocal do cantor. Podemos lembrar das músicas do Frank Sinatra, Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Nat King Cole, Beatles e outros grandes cantores que utilizaram muito. Os originais em funcionamento são relíquias caríssimas, mas existem produções atuais, e alguns são recriações dos lendários microfones onde os preços vão desde aceitáveis a proibitivos como da Telefunken Ela M251 (a imagem interna é de Ela M251E), que tem multipadrão polar (cardioide, omni e figura 8), impedância dual, que custa em torno de US$ 15,000.00 e da AKG C12VR que custa em torno de US$ 5,500.00.


Outros: Existem diversos outros tipos de microfones mais específicos como Lavalier ou Lapel que são pequenos para utilização em lapela. Head microphone ou Head worn (microfone de cabeça ou auricular) para utilização na cabeça liberando a mão do cantor ou apresentador, praticamente todos são sem fios (wireless), alguns na cor da pele para ficarem menos visíveis. Gooseneck (pescoço de ganso) colocado na mesa com haste bem fino dando uma boa visão da pessoa que está falando. Video microphone ou Camera microphone para acoplar em câmera digital ou filmadora de vídeo (camcorder), normalmente estéreo. Stereo microphone (microfone estéreo) para gravação em estéreo num só corpo, etc.


Na ilustração acima temos o microfone de lapela da Electro-Voice RE90L, microfone de cabeça da Sennheiser HSP4, pescoço de ganso da Shure MV418D-S, microfone para câmera shotgun curto da Rode modelo VideoMic e microfone portátil estéreo da Sanken CMS-7S profissional, para filmagem, transmissão e outras gravações de alta qualidade, que tem preço sugestão de ¥341.250 (US$ 3,700.00).

Microfone de faixa ampla

O normal de uma resposta de frequência de um bom microfone é de 20Hz a 20KHz que é a faixa de som percebida pela nossa audição, mas o som acústico e sobretons (harmônicas) de instrumentos musicais chegam a estender além de 100KHz e estes sons inaudíveis por nós, influenciam muito na qualidade final do som que percebemos, ou seja, no seu timbre. Um som natural é composto de frequência fundamental e harmônicas, por isso, mesmo que a frequência fundamental seja a mesma, o que diferencia um som do outro, são as composições das harmônicas. Hoje vem aumentando cada vez mais a preocupação em reproduzir estes sons acima da faixa de audição, para obter sons de altíssima definição nos equipamentos high-end. Para isso são necessários microfones de faixa ampla (wide-range microphone) para fazer gravação.

Na ilustração temos alguns microfones de condensador omnidirecional de faixa ampla, para utilização em estúdio profissional, na gravação de áudio de altíssima definição, Earthworks QTC50 com resposta de frequência de 3Hz a 50KHz, que custa US$ 1,795.00, Sennheiser MKH8020 de 10Hz a 60KHz, com preço em torno de US$ 2,000.00 e Sanken CO-100K, super wide-range de 20Hz a 100KHz, desenvolvido em conjunto com o laboratório de pesquisa da NHK (Nippon Hoso Kyokai - TV estatal japonesa), para gravação em DSD (Direct Stream Digital) do SACD que atinge até 100KHz, tem preço sugerido de ¥294.000 (US$ 3,200.00). Veja sobre SACD em Som: Analógico x Digital.

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Microfone - parte 1

Microfone (microphone , mic ou mike) é um transdutor que converte a vibração sonora captada pela membrana do sensor (diafragma - diaphragm) em sinal elétrico. Inventado pelo Emile Berliner, para aplicação no telefone do Alexander Graham Bell em 1876.

Existem variedades de microfones, específicos para cada finalidade como, gravação de voz (vocal), vocalista masculino ou feminino, sons da natureza, instrumento musical, no estúdio, no palco, no estádio, na rua, ao vivo, etc. Tudo para obter a gravação de alta fidelidade, a mais próxima possível do som original.


Na ilustração acima, exemplos de microfones da AKG recomendados para cada uso específico. Microfone vocal (Vocal microphone), modelo ELLE C, de condensador para vocalista feminino. Microfone para instrumentos (Instrument microphone), modelo D40, dinâmico para percussão, instrumento de sopro e amplificador de guitarra. Kit de microfones para bateria (Drum microphone set), modelo Drum Set Big II.

Tecnologias

Condensador (condenser): Também conhecida como capacitiva. São duas placas, onde uma é fixa e a outra móvel que conforme a pressão sonora recebida, varia o valor do capacitor (capacitância). Microfone desta tecnologia precisa de uma tensão para alimentar o capacitor e o circuito eletrônico. Pode ser diretamente de uma pequena bateria acoplada ou externamente através do próprio cabo de sinal, por isso é chamada de Phantom Power (Força ou energia fantasma), normalmente de 48V DC de baixa corrente, portanto só funciona com equipamentos que forneçam esta voltagem. Existem 2 tipos: DC-bias (Direct Current - Corrente contínua) e RF (Radio Frequência). No caso do DC-bias a variação da capacitância gera variação da tensão, e em RF faz uma modulação na RF injetada, que depois precisa ser demodulada. São microfones que geram sinal de áudio de alta qualidade, por isso é a tecnologia mais encontrada em microfones profissionais. Na ilustração, o microfone de condensador da Neumann M147 e da Marshall MXL MCA SP-1.

Electret condenser: É um tipo de microfone de condensador, onde utiliza o electret (electrostatic magnet), um material dielétrico que fica permanentemente carregado eletricamente, eliminando a necessidade de uma fonte polarizada. Por gerar um sinal muito fraco, precisa de um pré-amplificador, normalmente de FET (Field Effect Transistor), necessitando portanto de uma alimentação de baixa tensão, que pode ser de uma mini bateria ou através de cabo (pode ser Phantom Power). Talvez seja a tecnologia mais utilizada hoje, por ter baixo custo, pequena dimensão e bom desempenho. Utilizados em microfones integrados em aparelhos portáteis como celular, câmera digital, filmadora de vídeo e também em headset, PC, etc. Para PC ou outras aplicações multimídias, normalmente usam miniplugues estéreo de 3.5mm, mesmo sendo mono, pois uma via é para receber alimentação de 5V do PC, por isso deve tomar bastante cuidado neste caso. Não tem a mesma qualidade de áudio da tecnologia do condensador, mas atualmente estão aproximando. Na ilustração, microfone de condensador electret da Beyerdynamic MCE58 e alguns módulos do microfone de condensador electret.

Dinâmico (dynamic): Esta tecnologia utiliza o mesmo princípio de alto-falante, mas invertido, ou seja, a pressão sonora movimenta o diafragma com uma bobina acoplada (voice coil) que movimenta dentro de um campo magnético,  gerando sinal elétrico, por isso não precisa de nenhuma alimentação externa. Um alto-falante pode ser utilizado como microfone (apesar de péssima qualidade). Não tem uma linearidade em toda a faixa de frequência, por isso é mais complicada e sofisticada para produzir microfone profissional de alta qualidade, aumentando o custo. Como ele produz sinal de alto ganho, áudio de boa qualidade, baixo custo e robusto, é o microfone mais utilizado em apresentação ao vivo (shows), reportagem, karaokê, na gravação externa, etc. Na ilustração temos microfone dinâmico sem fio da Sennheiser SKM 535 G2 com o corpo do MD385 e em destaque o seu diafragma com a bobina, e também o da Electro-Voice N/D967.

Fita (Ribbon): É da tecnologia do tipo dinâmico, onde uma fina fita de metal, suspensa, move num forte campo magnético, gerando sinal elétrico. A fita sente mais o gradiente de pressão (aceleração do ar devido à diferença de pressão) do que a pressão sonora como outras tecnologias, por isso é considerado como microfone de velocidade. Como não é afetado lateralmente, se torna um microfone bidirecional. São microfones delicados e caros, mas de ótimo desempenho e fidelidade nas altas frequências e transientes. Na ilustração temos o microfone de fita da Audio-Technica AT4080, com fita dual para aumentar a sensibilidade, que custa US$ 1,245.00 e Marshall MXL R-77 com fita de alumínio de 1.8 microns com preço de US$ 750.00.

Outras: Existem outras tecnologias como Piezoelétrico ou Cristal (por pressão física), Carvão (Carbon - tecnologia usada nos primeiros microfones), Laser (detecta vibração numa superfície), Fibra óptica (converte a vibração sonora em luz modulada), MEMS (Micro Electrical - Mechanical System) também chamado de microfone de silício (chip microphone ou silicon microphone), etc., mas de aplicações bem mais específicas.

Padrão polar

Padrão polar (Polar Pattern) ou padrão de captação, é a direcionalidade de um microfone, isto é, define o grau de sensibilidade a sons originados de ângulos diferentes, ou seja, o quanto é sensível a sons originados de cada diferente ponto. Em alguns microfones é possível selecionar o padrão polar, ou seja, tem multipadrão como NT2000 da Rode, microfone de condensador com 2 diafragmas, que pode selecionar padrão polar cardioide, omnidirecional ou figura 8 (bidirecional).


Omnidirecional: Sensitivo a sons que estão em toda a volta, praticamente com a mesma intensidade.

Unidirecional: Sensitivo aos sons que vem de uma só direção. Cardioide é o mais comum de unidirecional, recebeu este nome porque o padrão polar de sensibilidade tem o formato de coração. A variação de supercardioide e hipercardioide, são os que tem uma pequena sensibilidade também na parte traseira, onde no hipercardioide é um pouco maior do que no supercardioide. São os padrões mais comuns nos microfones.

Shotgun: É sensitivo bem direcional (estreito) com pequenos lóbulos laterais e na traseira. O corpo do microfone é fino e comprido. Muito utilizado para captar sons emitidos pelos animais na natureza e em gravações onde o microfone precisa estar longe. Também conhecido como zoom, não por ser mais sensível, mas porque é mais direcional, pois capta sons originados de um pequeno ângulo. Na ilustração o microfone shotgun da Neumann, modelo KMR82i, que tem filtro passa-alta (high-pass) e passabaixa (low-pass), podendo assim selecionar a faixa de frequência a captar.

Bidirecional: Talvez seja mais conhecido como figura 8 (figure 8) devido ao seu formato de número oito do padrão polar, pois tem sensibilidade tanto na frente como na traseira.

Tamanho do diafragma

Não existe uma padronização oficial para classificação do microfone com relação ao tamanho dos diafragmas, mas em geral os fabricantes seguem o abaixo:

Grande (Large): Em torno de 1" (25mm a 28mm). Por ter área maior, são mais sensitivos e produzem áudios com sinal maior, por isso têm uma boa relação sinal ruído. Como são grandes, normalmente são mais encontrados em microfones para estúdio. Na ilustração temos o microfone de condensador para estúdio DR-80C da Roland com diafragma grande de 26mm e Shure KSM44 com duplo diafragma grande de 1" (25.4mm), que tem inclusive multipadrão polar.

Médio (Medium): Em torno de 3/4" (18mm a 22mm). É uma classificação ignorada por alguns fabricantes.

Pequeno (Small): Em torno de 1/2" (12mm a 15mm). São ótimos para captar frequências mais altas e transientes, abrangendo uma boa faixa de frequência, mas como gera sinal menor, a relação sinal ruído piora.


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