29 de setembro de 2010

Instalação Elétrica para Home Theater

O que uma pessoa normalmente faz quando compra um Home Theater é, abrir a embalagem, colocar nos lugares já reservados, fazer as conexões, conectar na tomada e pronto. Agora é só ligar os equipamentos, fazer os ajustes necessários e apreciar. Um detalhe bastante importante é esquecido por muitas pessoas, a instalação elétrica. Será que em algum momento, preocupou em saber se aquela única tomada com Benjamins (T) e/ou extensões, onde estão ligados os HDTV, BD Player, AV Receiver, Subwoofer ativo e outras coisas mais, não vai gerar nenhum problema?

Uma instalação elétrica adequada é um importante fator para obter bom desempenho e segurança dos equipamentos, economia de energia e principalmente a segurança de uma residência, evitando sobrecarga e aquecimento dos fios, e portanto, risco de incêndio. Recomenda-se criar um circuito exclusivo para Home Theater, puxando diretamente do quadro de força. Se não tem condição de passar os fios dentro do eletroduto embutido, faça através de canaletas externas.

O correto é contratar um técnico ou um engenheiro elétrico para fazer um projeto, e o serviço executado por pessoal especializado para ter total segurança, mas, a seguir darei uma ideia de como preparar uma instalação elétrica para um Home Theater àqueles que estão decididos a fazer por conta própria.

Terminologia

Condutor elétrico: Material que permite o movimento de carga elétrica, normalmente metal, e cobre no caso de fios e cabos para instalações residenciais.
Fio: Condutor de cobre maciço e flexível.
Cabo: Condutor encordoado de diversos fios de cobre. Quanto mais fio, mais flexível se torna o cabo.
Condutor isolado: Fio ou cabo com isolação, normalmente de PVC.
Cabo multipolar: Cabo constituído de 2 ou mais condutores isolados e dotado no mínimo de uma cobertura.
Eletroduto, eletrocalha ou canaleta: Meio por onde passarão os fios e os cabos.


Dimensionamento do condutor

Quando há na especificação do aparelho, o consumo em corrente elétrica (Ampères), é só somar de todos os aparelhos para obter a carga máxima do condutor, mas a maioria dos aparelhos só traz o consumo em Watts (W), por isso existe a necessidade em fazer alguns cálculos para determinar o consumo em corrente elétrica.

Através da lei de Ohm (para especialistas, definição da resistência) que é V=R.I onde, V = tensão ou diferença de potencial elétrico em Volts (V), R = resistência em Ohms (Ω) e I = corrente elétrica em Ampères (A), podemos chegar a P=V.I, ou seja, potência em Watts é igual a multiplicação da voltagem com a corrente elétrica, ou ainda, I=P/V, portanto, para obter a corrente elétrica que um equipamento irá consumir, basta dividir a potência de consumo por voltagem. Não confundir a potência de consumo de energia, com potência gerada por um AV Receiver ou subwoofer ativo.

Num circuito de corrente alternada (CA), que é o nosso caso, as fórmulas acima são válidas para carga resistiva, como lâmpada incandescente ou chuveiro elétrico, onde não ocorre defasagem da corrente elétrica em relação à tensão elétrica. Quando existem no circuito, componentes indutivos (motores, ventiladores, transformadores, etc.) e componentes capacitivos, ocorre uma defasagem da corrente, gerando potência reativa (VAR) que irá afetar na potência ativa (W), ficando diferente da potência aparente (VA). Para não dar dor de cabeça, será melhor explicado na postagem de Condicionador de Energia.

Portanto, para achar o valor exato da corrente elétrica através da potência em Watts, é extremamente complicado, pois é intrínseco de cada aparelho, por isso, para facilitar utilizarei uma forma bem simplificada e aproximada, acrescentando em torno de 30% no resultado obtido pela fórmula acima (I=P/V). Exemplificando, se um AV Receiver tem um consumo de energia na potência máxima, 500W em 120V, temos I=(500/120)+30%, e o resultado é uma corrente de 5,42A. Obtendo a corrente de todos os equipamentos que compõem o Home Theater, basta somar e assim terá a corrente máxima a ser exigida e que passará pelo condutor.

Bitola do condutor: A definição da bitola do condutor baseado em carga de corrente elétrica, depende de alguns fatores como, temperatura do ambiente, tipo de cabo (isolado ou multipolar), comprimento, passagem em duto fechado ou aberto, quantidade de condutor por duto, etc., ou seja, está muito vinculado com a capacidade de transferência de calor do condutor com o ambiente. Além de utilizar um cabo de boa qualidade, recomenda-se que os condutores não ocupem mais do que 40% da área útil do eletroduto.

A tabela de bitola do condutor e a corrente suportada é baseada em NBR 5410/2004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), tipo de instalação B1, de condutores de cobre isolados em eletroduto com 2 condutores com carga (monofásico), na temperatura de 70°C, num ambiente de 30°C. Procure na tabela a corrente mais próxima superior obtido no seu cálculo, e assim encontrará a bitola do condutor. Se deseja colocar uma margem de segurança para eventual mudança futura, ou a distância for grande, escolha uma bitola superior.

Obs.: A corrente da tabela independe do tipo de condutor (rígido ou flexível). No mercado varejo é comum encontrar o cabo flexível devido à facilidade na instalação.

Cor do cabo: A padronização da cor conforme a ABNT é de azul claro para Neutro e verde ou verde/amarela (Brasileirinho) para proteção (Terra). A fase pode ser qualquer uma, obviamente excluindo azul claro, verde e verde/amarela, e também evite usar a amarela para não ser confundida com terra.

Quadro de Força

Apesar do padrão atual da tensão elétrica no Brasil ser de 127V (antes era de 117V) e 60Hz, dependendo do estado e em algumas cidades, podemos encontrar nos quadros de força de uma residência, 1 Fase e 1 Neutro (monofásico de 127V), 2 Fases (220V) ou 2 Fases e 1 Neutro (127V/220V), por isso vou utilizar o de 2 Fases e 1 Neutro como modelo, conforme a ilustração. Neste caso quando pegamos 1 Fase e o Neutro temos 127V, e se pegarmos as 2 Fases temos 220V. Como a tensão elétrica suportada pela maioria dos equipamentos é de 120V, pegamos uma das Fases e o Neutro. Se tiver um amperímetro, escolha a Fase que tenha a menor carga para não criar um grande desequilíbrio na hora que estiver com o Home Theater ligado. Se não tiver amperímetro, desligue uma Fase e depois a outra para descobrir o que estão ligados em cada Fase e faça um cálculo estimado de carga. Se o chuveiro elétrico for de 220V, pode ignorar.

Mesmo que o padrão seja de 127V, é comum encontrar tensões entre 110V e 120V na rede elétrica. Se um equipamento importado for de 110V, como normalmente tem uma tolerância de ±10%, funciona entre 99V a 121V, por isso em geral não há problema. Se a tensão da sua rede estiver fora da tolerância do equipamento, ou variável, utilize um condicionador de energia ou até um transformador. No caso de um equipamento de venda no mercado doméstico do Japão onde a tensão é de 100V, é necessário colocar um transformador (127V / 100V) porque está fora da tolerância (90V a 110V).

Fio Terra: Condutor de proteção. Ground. Os aparelhos Classe I que têm carcaças metálicas e dotados de isolação básica, precisam de fio terra para evitar eventuais choques e fazer descarga de surtos elétricos (já vem com plugue de 3 pinos - 2P+T). Os aparelhos Classe II de carcaça metálica com dupla isolação ou isolação reforçada e Classe III de até 50V, não precisam de fio terra.

Barra de aterramento que pode ser adquirido em lojas de materiais elétricos, deve ser enterrada num local úmido para ter condutividade. Nunca utilize para-raios ou neutro como terra. Se entrar uma descarga elétrica pelo fio terra, ocorrerá perda total dos equipamentos. Um aterramento mal feito pode-se tornar uma antena, por isso tome bastante cuidado.

Existe uma Lei Federal de nº 11.337 de 26/07/2006, onde as edificações cuja construções iniciaram a partir da vigência desta lei, deverão obrigatoriamente possuir sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização do condutor terra de proteção, bem como tomadas com o terceiro contato correspondente (espero que esteja sendo cumprida pelas construtoras). O grande problema é o caso de construções anteriores.

Disjuntor: Circuit Breaker. É um dispositivo eletromecânico (normalmente termomagnético) que protege contra irregularidade elétrica como, curto-circuito (aumento súbito de carga) e sobrecarga (aquecimento sentido através de sensor bimetálico). A vantagem em relação ao fusível é que pode ser rearmado após desarmar. A capacidade máxima do disjuntor, para uma maior segurança, deve ser a mesma do condutor ou ligeiramente superior.

Tensão elétrica em alguns países
Portugal: 230V/50Hz
EUA: 120V/60Hz
Japão: 100V/50Hz na região leste (Tokyo até Hokkaido) e 100V/60Hz na região oeste (depois de Tokyo até Okinawa).

Tomadas

Baseado no padrão IEC (International Electrotechnical Commissions) 60.906-1 publicado em 1986, o Brasil criou e publicou em 1998 a especificação NBR 14.136 com algumas revisões posteriores (principal em 2002), padronizando tomadas e plugues de aparelhos eletroeletrônicos domésticos em 2 tipos (existiam mais de 10 tipos). A partir do início de 2010 nenhum aparelho eletroeletrônico deve sair da fábrica ou de importação diferente destes plugues. No comércio, termina em julho de 2011 a comercialização de aparelhos com plugues anteriores. Brasil é o único país a adotar este padrão (parecido com tipo J da Suiça), onde afirmam que é mais seguro contra choques acidentais. Os plugues com pinos redondos anteriores encaixam nesta nova tomada, mas para outros plugues serão necessários adaptadores.

Tipos de tomadas: Os orifícios ficam protegidos em volta por parede no formato hexagonal com 2 lados compridos. Nas tomadas com capacidade de até 10A, o diâmetro do orifício de entrada é de 4mm e tomadas entre 10A a 20A, de 4.8mm, ou seja, para evitar a conexão acidental de aparelhos com potência superior numa tomada com menor capacidade. Os de menor capacidade conseguem ser inseridos na tomada de 20A.

Tomada polarizada: No caso de tomada com fio terra (2 Polos + Terra), onde há polarização de Neutro e Fase, deve tomar bastante cuidado, pois é invertida em relação ao padrão Americano, ou seja, colocando o pino terra para baixo, a Fase fica à esquerda. Muito cuidado em verificar, e conectar os cabos corretamente (por trás fica invertido), pois não há identificação na tomada. Confirme se o adaptador está seguindo o novo padrão, para não ter surpresa, principalmente se está utilizando um condicionador de energia.

Cuidados: Evite o uso de Benjamin (T), faça uma tomada para cada equipamento e tenha certeza de que os parafusos estão bem apertados, mantendo um bom contato com o condutor. Na hora da compra, opte pela qualidade.

IMPORTANTE! Desligue o disjuntor geral (caso seja fusível, retire-os) e também no relógio, antes de mexer na instalação elétrica para evitar um choque elétrico. Antes de conectar os equipamentos, verifique se as tomadas estão corretamente instaladas e funcionando, medindo com um voltímetro ou na falta, ligando um abajur.

Veja também:
Condicionador de energia
Cabos para áudio e vídeo
Home Theater compacto
  

15 de setembro de 2010

Home Theater compacto

Com a inevitável entrada de uma TV digital no seu lar, e sabendo que tem a transmissão de áudio 5.1 canais, o interesse por um Home Theater aumenta cada vez mais, mas para um leigo no assunto, um bom Home Theater modular é caro e complicado para escolher, comprar, instalar, regular e operar, e um Home Theater in a Box simples, é barato e fácil  de instalar, pois vem com todos os kits necessários para fazer a instalação, mas não atende a necessidade para assistir a um bom filme com emoção, pois tem pouca potência e qualidade de áudio longe do esperado.

Ultimamente, apostando que, além de HDTV e BD Player, cada lar deveria ter também um sistema de áudio multicanal para completar um Home Theater, tanto os fabricantes de equipamentos eletrônicos de consumo em massa como alguns tradicionais fabricantes de equipamentos de áudio de alta qualidade, estão disponibilizando cada vez mais, kit de Home Theater com equipamentos para áudio de qualidade intermediária e até boa, para atender ao público mais leigo ou iniciantes em Home Theater, que exigem uma qualidade de áudio melhor do que um simples, mas não tem condição de contratar uma empresa especializada para projeto e instalação. Este tipo de sistema ainda é pouco encontrado no mercado japonês, pois a maioria das pessoas preferem HT modulares, porque existem equipamentos de baixo custo direcionados aos iniciantes.

Home Theater in a Box

Home Theater in a Box (HTiB), tem este nome porque vem todo o kit geralmente numa só caixa, também conhecido como sistema all-in-one (tudo em um). Alguns fabricantes chamam de Home Theater System e outros de Home Theater Integrado. O Receiver está integrado no módulo de BD/DVD Player, e vem com as caixas acústicas e os cabos necessários para fazer as conexões. O número de conexões de entrada e saída são bem restritos, ou seja, pouquíssimos módulos adicionais podem ser conectados. Podem vir com receptor AM/FM, rede Wi-Fi, acesso a internet, conector USB, leitor SD, Dock para iPod/iPhone, etc.

No áudio, em geral o subwoofer é passivo, ou seja, é alimentado pelo amplificador de potência do Receiver e alguns sistemas oferecem caixas acústicas traseiras (surround) sem fio (wireless), para facilitar a instalação destas caixas. Possuem decodificadores de áudio lossless (sem perda) Dolby True HD e DTS HD Master Audio, encontrados em filmes de Blu-ray, além dos tradicionais lossy (com perda). A regulagem de áudio normalmente é realizada manualmente através de sinal sonoro emitido pelo Receiver.

Potência: As potências expressas nestes sistemas, são difíceis de avaliar e comparar, pois o objetivo é impressionar o consumidor com alto número, podendo estar em PMPO (Peak Music Power Output) que não tem nenhuma padronização, nos EUA é obrigatório apresentar também seguindo a regra da FTC (Federal Trade Commission) que evita o impressionismo, pode vir expressas em RMS mas com THD (Total Harmonic Distortion - Distorção harmônica total) por volta de 10% ou até sem nenhuma referência, apresentando somente em Watt.

Nestes sistemas, é bom lembrar que a maioria das caixas acústicas são de plásticos ou outros materiais leves (raramente de madeira), não suportando altas potências, pois o objetivo é montar um Home Theater simples, para aumentar a emoção de assistir a um filme, num ambiente pequeno e sem preparo acústico. É comum encontrar a especificação de potência total acima de 1.000W (incluindo a do subwoofer por ser passivo), mas tome cuidado, o melhor mesmo é ouvir antes de comprar para ver se satisfaz, evitando assim posterior decepção (ou até raiva).

No vídeo, a maioria faz upscaling para 1080p. Alguns mais modernos já vem com BD Player 3D.


Na ilustração acima temos alguns modelos de HTiB com BD Player que têm qualidade de áudio intermediária.
LG modelo LHB975, 5.1 canais, potência total de 1.100W, caixas surround (traseiras) e subwoofer sem fio, preço: US$ 700.00.
Panasonic SC-BTT750, 5.1 canais, potência total de 1.000W RMS a THD de 10%, BD Player 3D, preço: US$ 750.00.
Sony BDV-HZ970W, 5.1 canais, potência total de 1.000W RMS, BD Player 3D, ajuste de áudio automático, subwoofer de madeira (passivo), caixas surround (traseiras) sem fio, preço: US$ 800.00.
Samsung HT-C6930W, 7.1 canais, potência total de 1.330W, BD Player 3D, preço: US$ 850.00

A Pioneer está lançando no mercado japonês, o primeiro HTiB composto de BD Player e AV Receiver integrado de 5.1 canais, o sistema HTZ-606BD. O Receiver tem potência máxima de 180W por canal e 200W para subwoofer (passivo), totalizando 1.100W. Tem bluetooth, DLNA, USB, etc., e a expectativa de preço está em torno de ¥60.000 (US$ 660.00).

Home Theater System

Home Theater System é o nome usado para um kit de AV Receiver, caixas acústicas e os cabos necessários para conexões, para não ser comparado com Home theater in a Box, pois são bem superiores na qualidade de áudio e recursos, apesar de muitos chamarem de HTiB. Os fabricantes especializados em áudio de alta fidelidade, evitam integrar os módulos e por isso é bem raro encontrar, mesmo que em equipamentos mais simples, módulos integrados de BD Player e AV Receiver como o S-5BD da Denon de 5.1 canais, 75W por canal (THD de 0.7%) e preço de US$ 1,800.00, que é preciso comprar um kit de caixas acústicas em separado.

O AV Receiver é normalmente o modelo mais simples de iniciantes em Home Theater (Entry Model), que vem com sintonizador de rádio AM/FM, pouca mas quantidade suficiente de conexões de entrada e saída de áudio e vídeo para acoplar alguns módulos adicionais, podem ter conexão à rede/internet, porta USB, dock para iPod/iPhone, leitor SD, bluetooth e outros. Tem decodificador de áudio lossless Dolby True HD e DTS HD Master Audio, alguns possuem também o processador (DSP) Dolby Prologic IIz (som com dimensão altura), além dos tradicionais lossy.

As caixas acústicas são geralmente de madeira, mais robustas e pesadas do que as de HTiB, suportando potências mais altas com qualidade e os subwoofers são ativos (powered), ou seja, têm o seu próprio amplificador e crossover. O ajuste de áudio é realizado automaticamente pelo processador.

Potência: As potências do AV Receiver expressas nestes produtos, são tradicionais RMS (1KHz), com THD de até 1%. A potência do subwoofer normalmente é apresentada em separado porque é ativo.

No vídeo, fazem upconverting e upscaling para 1080p.


Na ilustração acima temos alguns Home Theater Systems oferecidos pelos fabricantes tradicionais de equipamentos de áudio de qualidade, que incluem áudios lossless, subwoofer ativo, ajuste automático de áudio, etc.
Denon DHT-591BA, kit com AV Receiver AVR-591 de 5.1 canais, potência de 75W RMS por canal com caixas acústicas da Boston Acoustics MCS 95 que tem subwoofer de 100W RMS com pico de 250W, preço: US$ 600.00.
Yamaha YHT-893, AV Receiver RX-V567 de 7.1 canais, potência de 90W RMS por canal e subwoofer de 100W RMS, preço: US$ 850.00.
Onkyo HT-S9300THX, AV Receiver HT-R980 de 7.1 canais, potência de 130W RMS por canal e subwoofer de 125W RMS, tudo a THD de 1%, preço: US$ 1,100.00.
Bose Lifestyle V35, 5.1 canais, preço: US$ 3,300.00.

Conheça Front surround que é um tipo de Home Theater in a Box.

Atualizações

16/dez/2010: A JVC do Japão com a nova marca RyomaX, anuncia o seu sistema de AV, "All in One", RY-MA1, de conceito novo, que inclui num só módulo, gravador HDD (500GB) e BD, receptor de TV Digital, sintonizador AM/FM e amplificador digital (30W+30W). Tem conector HDMI, USB, LAN e leitor de cartão SD/SDHC. Inicialmente a comercialização será somente no Japão, prevista para início de fevereiro de 2011, a preço estimado de ¥160.000 (US$ 1,800.00). Anuncia também a caixa acústica do tipo frontbar, modelo SP-MA1, para ser utilizado com o RY-MA1, que tem 4 woofers de 8cm e 2 tweeters de 2,5cm, resposta de frequência de 70Hz a 40KHz e potência de 30W+30W, a expectativa de preço está em torno de ¥15.000 (US$ 170.00). Detalhes no press release em japonês da JVC.


06/jan/2011: A Sony está apresentando na CES 2011 uma série de Blu-ray Disc Home Theater System, modelos BDV-E780W, BDV-E580 e BDV-E280. Todos são de 1.000W e 5.1 canais e reproduzem Blu-ray 3D, DVD, CD, SACD. BDV-E780W é um Full HD, 5.1 canais com Wi-Fi integrado, as caixas surround são sem fio e tem Dock para iPhone/iPod. Tem 2 HDMI de entrada. Compatível com DLNA. Será disponibilizado para comercialização em maio nos EUA a preço em torno de US$ 600.00. Veja detalhes e outros sistemas no Press Release da Sony

Veja também:
Tela de Projeção
Áudio de alta definição do BD
Cabos para áudio e vídeo
Áudio puro
Fone de ouvido
Som: analógico x digital

9 de setembro de 2010

Pixel e imagem digital

Pixel (Picture Element) é o menor elemento de uma imagem digital. Cada pixel tem o seu endereço (coordenada) e pode ser controlado. Os componentes de um pixel são bem relativos e dependem da sua aplicação como para impressão (na impressora), display, câmera digital, armazenamento, transmissão, etc. Aqui será enfocado o pixel em vídeo e no display de um HDTV.


Após passar pelo sensor de imagem, na digitalização e compressão, um pixel, que é formado por sub-pixels de RGB (Red - vermelho, Green - verde, Blue - azul), passa a conter informação de luminosidade e cores. Uma imagem é formada por 3 componentes, Luminância Y (luma - preto e branco) e Crominâncias Cb (chroma - azulada) e Cr (chroma - avermelhada). Como a visão humana é mais sensível ao brilho do que às cores, durante a digitalização, as crominâncias são subamostradas, reduzindo a sua quantidade de pixel, sem quase afetar na qualidade perceptível da imagem.

Veja mais detalhes sobre pixel e sensor de imagem em Filmadora de alta definição.

Macroblocos

Uma imagem digitalizada (Frame - quadro) é dividida em diversos macroblocos (macroblock ou sub-frame). Cada macrobloco contém a informação de luminância e crominâncias. O tamanho de cada macrobloco depende de codec, mas usualmente é múltiplo de 4. No MPEG-2 é fixo de 8x8 pixels, em MPEG-4/H.264 pode ser quebrado em partes menores de 4, 8, 12 e 16 e depois juntados e formando o macrobloco fixo de 16x16 pixels.

Durante a digitalização, no caso do macrobloco de 8x8 pixels, a luminância mantém em 8x8 pixels e as crominâncias podem sofrer uma subamostragem (chroma sub-sampling), ficando com menor quantidade de pixels. Quando não há subamostragem em nenhum dos componentes é conhecido como 4:4:4, quando há subamostragem das crominâncias pela metade na horizontal (4x8 pixels) é conhecido como 4:2:2 e como 4:2:0 quando as crominâncias são convertidas para 4x4 pixels. A nossa visão quase não sente a diferença de uma imagem para outra, uma vez que o brilho é mantido.


Como em geral, cada pixel é representada por 1byte (8bits), no caso de macrobloco de 8x8 pixels, significa que é representada por 64 bytes. Apesar de ter exposto de uma forma simplória, a digitalização e a compressão ocorrem de uma forma extremamente complexa de operações matemáticas (transformada) e algoritmos, fora de alcance do meu simples conhecimento.

Profundidade de cor

Cada cor primária ou sub-pixel RGB, é representada por uma certa quantidade de bits para definir a sua tonalidade, e a mistura (fusão visual) destas diferentes cores primárias, enxergamos uma cor definida de um pixel. O total de bits utilizados para representar a cor de um pixel, é expresso em bpp (bits per pixel - bits por pixel), que normalmente é de 24bpp, conhecido como True Color, que consegue representar aproximadamente 16,8 milhões de cores.

Os mais recentes displays e projetores para Home Theater já estão preparados para o Deep Color que pode ser de 30bpp, 36bpp ou 48bpp, chegando a bilhões de cores e no caso de 48bpp, onde cada sub-pixel tem 16 bits, ou 65.536 tonalidades diferentes, passa de 281 trilhões de cores (veja na tabela de hexadecimal abaixo).

No caso de 24bpp, onde cada cor primária é representada por 8 bits, ou 256 tonalidades diferentes, em muitos softwares de edição de imagem, podemos encontrar a notação numérica decimal de uma cor representada por estas 256 variações de cores primárias, ou até mesmo em notação hexadecimal.

Hexadecimal
Hexadecimal é uma contagem utilizada em informática, composta por sistema de base 16, para facilitar a leitura de um byte (no nosso sistema decimal, utilizamos a base 10, ou seja, 0 a 9 e no sistema binário a base 2, ou seja, 0 e 1). No hexadecimal, além dos 0 a 9, representando os números de 0 até 9, são seguidos de A=10, B=11, C=12, D=13, E=14 e F=15.


Como em hexadecimal podemos representar um Half-Byte (meio byte - 4 bits), para 1 byte (8bits) precisamos de 2 casas hexadecimais (2 half-bytes). Veja na tabela abaixo, conversões de dígitos binários, hexadecimais e decimais. Veja também bits e bytes em Digitalização de imagem e som.

Imagem no display: Para apresentar uma imagem na tela de um display ou projetor, é feita a inversão, convertendo a imagem de transporte YCbCr para RGB. O padrão RGB não consegue expressar algumas cores, como as saturadas de amarelo. A Sharp desenvolveu uma nova tecnologia de display LCD com backlight de LED, com 4 cores primárias, adicionando a cor amarela (Yellow - RGBY) chamada de Quattron (Quadpixel Technology), onde afirmam que aumenta o número de cores possíveis de apresentar no display, mas alguns especialistas discordam. Veja mais detalhes do Quattron no site da Sharp.

Pixel

Já deu para entender que a informação de um pixel é representada em vários bytes, e varia conforme o codec e a qualidade da imagem. Cada pixel é composto fisicamente de 3 sub-pixels de cores primárias RGB. No transporte e no armazenamento da imagem digitalizada, é subdividida em 3 componentes (luminância e crominâncias).

Quando falamos na resolução de uma imagem Full HD de uma tela de HDTV, entendemos que é de 1.920 x 1.080 pixels, ou seja 2.073.600 pixels ou simplesmente 2.07Mpixels, que é composto de 3 cores primárias (sub-pixels) e portanto temos 6.21Mdots (menor componente físico de uma tela para formar uma imagem). Cada ponto (dot) pode ter um formato circular ou retangular. Para entender melhor, já deve ter visto de perto, um telão de shows, onde cada pixel é formado por LEDs ou outras lâmpadas de 3 cores primárias. Veja mais detalhes em Imagem de alta definição.

Em determinadas situações, um pixel é sinônimo de menor ponto físico, como em sensor de imagem de uma câmera digital ou filmadora, conhecidos como Megapixels (milhões de pixels). As câmeras que utilizam somente um sensor de imagem, precisam de um filtro (como filtro Bayer) para decompor a imagem em 3 cores primárias, mas cada elemento sensor continua sendo chamado de pixel, independente da cor primária, onde em display é conhecido como sub-pixel (algumas pessoas chamam de pixels, por serem endereçáveis).


Veja também:
Formatos de vídeo HD