CAMCORDER (video CAMera reCORDER) é um aparelho eletrônico que captura a imagem, transforma em sinais elétricos e armazena em algum dispositivo (mídia). Ou seja, é composto de câmera de vídeo e gravador.
Até chegar no formato atual, ocorreram grandes transformações desde os seus primeiros ancestrais.
Como todo equipamento eletrônico do passado, era baseado em seu principal componente, a válvula eletrônica. CRT (Cathode Ray Tube) ou tubo de raios catódicos, também é uma espécie de válvula eletrônica. Nas primeiras câmeras de vídeo (Video Camera) utilizadas nas emissoras de televisão, entre os finais dos anos de 1930 até os finais dos anos de 1940, a conversão da imagem em sinal elétrico, era feita através de um tubo de Iconoscópio (Iconoscope Tube), desenvolvida pela RCA (Radio Corporation of America). Depois a RCA desenvolveu a Image Orthicon Tube, e em 1950 lançou o tubo de Vidicon, bem menor, e foi a tecnologia que dominou o mercado por um longo período, até a entrada do CCD, no início dos anos de 1980.
Um grande problema permanecia no período inicial, o armazenamento de vídeo. Por isso, quase toda a programação de TV desta época era ao vivo. Como a única mídia disponível na época para guardar uma imagem, era o filme, o armazenamento de uma programação de TV, era feito através de Cinescópio (Kinescope), ou também conhecido como telegravação (tele recording). Era um processo onde, uma filmadora de 16mm ou 35mm, era colocada em frente a um monitor de vídeo, e fazer a filmagem. Mas devido a diversos problemas técnicos (só de pensar um pouco, já dá para imaginar um monte!), a qualidade da imagem era péssima. Por causa disso, alguns programas eram filmados, para a posterior apresentação. Popularmente, a palavra cinescópio acabou virando sinônimo de tubo de raios catódicos (CRT), ou tubo de imagem.
Apesar do péssimo resultado obtido na experiência em utilizar uma fita magnética, pelo cantor Bing Crosby, em 1951 (cansado de fazer apresentações ao vivo, procurava uma solução, como muitos), a AMPEX lançou em 1956, o VIDEO TAPE (fita de vídeo), que finalmente resolveu o problema de armazenamento de vídeo.
Os primeiros gravadores de fita magnética de vídeo (Video Tape Recorder) eram enormes e complicados. Mesmo com a redução, para fazer uma gravação externa, precisava de duas pessoas, uma para filmar e um técnico para carregar e operar o gravador.
A primeira filmadora de vídeo portátil, foi a da Sony, DV-2400, lançada em 1967. Apesar de ser em dois módulos interligados por um cabo, era possível carregar por uma só pessoa. Uma câmera de vídeo e um gravador a tiracolo.
Em 1975 a Sony lançou o gravador para a fita de videocassete Betamax. Logo no ano seguinte, a JVC (Japan Victor Compay), lançou o gravador para a sua fita de videocassete VHS (Video Home System, originariamente era a sigla de Vertical Helical Scan, a sua tecnologia de gravação), que mais tarde, acabou ganhando a batalha contra a Betamax da Sony.
Em 1982 a Sony lançou a Betacam, a primeira filmadora de vídeo com a câmera e o gravador num só corpo. Seria a primeira Camcorder de uso profissional. Neste mesmo ano a JVC lançou a filmadora com um gravador bem compacto, de fita VHS-C (videocassete compacto), HR-C3, que apesar de ser em dois corpos, podiam ser utilizados, montados num suporte, como um só corpo.
No ano seguinte (1983), a Sony lançou o seu primeiro Camcorder dirigido ao mercado consumidor, BMC-100, que utilizava a fita de videocassete Betamax, mas ainda era grande e precisava apoiar no ombro.
Em 1984, a JVC lançou o Camcorder GR-C1, que usava a fita VHS-C. Muitos consideram como o primeiro tudo em um. Conseguia carregar com uma só mão.
Em 1985, a Sony lançou o Camcorder CCD-V8, com a fita Video8, videocassete compacto, para concorrer com a VHS-C. O seu peso era de 1,97Kg. Mas o lançamento de grande sucesso da Sony, foi o CCD-TR55, de 1989, que pesava apenas 790g.
A grande popularização de Camcorders, começaram com a introdução destas fitas compactas, e a consequente redução, tanto no tamanho como no peso, inclusive no preço.
Estas fitas gravam numa resolução entre 230 a 250 linhas, a metade da resolução do TV (NTSC, PAL-M). Foram lançadas as fitas Super VHS pela JVC e Hi8 pela Sony, que melhoravam bem a resolução.
Com esta pequena retrospectiva, ficou bem nítida a batalha pela liderança entre a Sony e a JVC, neste mercado.
Filmadora (Camcorder) Digital
Em 1995, Sony, JVC, Panasonic e outros fabricantes, lançaram o Camcorder digital para a fita DV (Digital Video), e logo depois lançaram a fita MiniDV. A gravação é feita com a resolução de 720x480 (NTSC), podendo ser no aspecto de 4:3 ou 16:9 (wide).
Em 2003, foi introduzida a tecnologia de alta definição HDV usando a mesma fita MiniDV. E em 2006 a tecnologia AVCHD.
Com o início dos Camcorders digitais, o meio de armazenamento, finalmente deixou de ser somente a fita magnética. Surgiram o Mini DVD/BD (8cm), o HDD (Hard Disk Drive) e a memória Fash (SD, Memory Stick, etc.). E também os híbridos (mais de uma mídia). Complicando bastante a decisão de escolha dos consumidores.
Por que 720x480?: Em sistemas de TV, NTSC e PAL-M, que utilizam o padrão de 525 linhas, a imagem acabou ficando com a resolução de 720x480 pixels digitalizada. Mas pensando na relação de aspecto de 4:3 (640x480) ou de 16:9 (852x480), a conta não bate. Considerando diversos sinais de sincronismos, inclusive o sincronismo com o áudio, e outros fatores, os técnicos chegaram numa resolução de 711x486 digitalizada, mas para a facilidade dos fabricantes em produzir os equipamentos de vídeo digital, ficou definida como 720x480. Maior do que 4:3 e menor do que 16:9. No 16:9, é comprimida horizontalmente, utilizando o princípio da lente anamórfica (squeeze), para não ocorrer muita perda na qualidade. O acerto é realizado pelo Codec MPEG-2, utilizado na compactação, apresentando a imagem correta na reprodução. Por isso, em muitos softwares, que não fazem a correção, a foto capturada da imagem de um DVD, fica deformada (gordinha ou magrinha, dependendo do seu aspecto original).
Veja também:
Filmadora
Filmadora de alta definição
Filmei, e agora?
Filmadora Full HD compacta
Formatos de vídeo HD
Imagem de alta definição
Apesar do péssimo resultado obtido na experiência em utilizar uma fita magnética, pelo cantor Bing Crosby, em 1951 (cansado de fazer apresentações ao vivo, procurava uma solução, como muitos), a AMPEX lançou em 1956, o VIDEO TAPE (fita de vídeo), que finalmente resolveu o problema de armazenamento de vídeo.
Os primeiros gravadores de fita magnética de vídeo (Video Tape Recorder) eram enormes e complicados. Mesmo com a redução, para fazer uma gravação externa, precisava de duas pessoas, uma para filmar e um técnico para carregar e operar o gravador.
A primeira filmadora de vídeo portátil, foi a da Sony, DV-2400, lançada em 1967. Apesar de ser em dois módulos interligados por um cabo, era possível carregar por uma só pessoa. Uma câmera de vídeo e um gravador a tiracolo.
Em 1975 a Sony lançou o gravador para a fita de videocassete Betamax. Logo no ano seguinte, a JVC (Japan Victor Compay), lançou o gravador para a sua fita de videocassete VHS (Video Home System, originariamente era a sigla de Vertical Helical Scan, a sua tecnologia de gravação), que mais tarde, acabou ganhando a batalha contra a Betamax da Sony.
No ano seguinte (1983), a Sony lançou o seu primeiro Camcorder dirigido ao mercado consumidor, BMC-100, que utilizava a fita de videocassete Betamax, mas ainda era grande e precisava apoiar no ombro.
Em 1984, a JVC lançou o Camcorder GR-C1, que usava a fita VHS-C. Muitos consideram como o primeiro tudo em um. Conseguia carregar com uma só mão.
Em 1985, a Sony lançou o Camcorder CCD-V8, com a fita Video8, videocassete compacto, para concorrer com a VHS-C. O seu peso era de 1,97Kg. Mas o lançamento de grande sucesso da Sony, foi o CCD-TR55, de 1989, que pesava apenas 790g.
A grande popularização de Camcorders, começaram com a introdução destas fitas compactas, e a consequente redução, tanto no tamanho como no peso, inclusive no preço.
Estas fitas gravam numa resolução entre 230 a 250 linhas, a metade da resolução do TV (NTSC, PAL-M). Foram lançadas as fitas Super VHS pela JVC e Hi8 pela Sony, que melhoravam bem a resolução.
Com esta pequena retrospectiva, ficou bem nítida a batalha pela liderança entre a Sony e a JVC, neste mercado.
Filmadora (Camcorder) Digital
Em 1995, Sony, JVC, Panasonic e outros fabricantes, lançaram o Camcorder digital para a fita DV (Digital Video), e logo depois lançaram a fita MiniDV. A gravação é feita com a resolução de 720x480 (NTSC), podendo ser no aspecto de 4:3 ou 16:9 (wide).
Em 2003, foi introduzida a tecnologia de alta definição HDV usando a mesma fita MiniDV. E em 2006 a tecnologia AVCHD.
Com o início dos Camcorders digitais, o meio de armazenamento, finalmente deixou de ser somente a fita magnética. Surgiram o Mini DVD/BD (8cm), o HDD (Hard Disk Drive) e a memória Fash (SD, Memory Stick, etc.). E também os híbridos (mais de uma mídia). Complicando bastante a decisão de escolha dos consumidores.
Por que 720x480?: Em sistemas de TV, NTSC e PAL-M, que utilizam o padrão de 525 linhas, a imagem acabou ficando com a resolução de 720x480 pixels digitalizada. Mas pensando na relação de aspecto de 4:3 (640x480) ou de 16:9 (852x480), a conta não bate. Considerando diversos sinais de sincronismos, inclusive o sincronismo com o áudio, e outros fatores, os técnicos chegaram numa resolução de 711x486 digitalizada, mas para a facilidade dos fabricantes em produzir os equipamentos de vídeo digital, ficou definida como 720x480. Maior do que 4:3 e menor do que 16:9. No 16:9, é comprimida horizontalmente, utilizando o princípio da lente anamórfica (squeeze), para não ocorrer muita perda na qualidade. O acerto é realizado pelo Codec MPEG-2, utilizado na compactação, apresentando a imagem correta na reprodução. Por isso, em muitos softwares, que não fazem a correção, a foto capturada da imagem de um DVD, fica deformada (gordinha ou magrinha, dependendo do seu aspecto original).
Veja também:
Filmadora
Filmadora de alta definição
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Formatos de vídeo HD
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